Em Bob Esponja: O Incrível Resgate nos deparamos com mais um dia normal para os cidadãos da Fenda do Biquíni. Lula Molusco irritado e tentando tocar seu clarinete, Seu Sirigueijo pensando em ganhar muito dinheiro, Sandy construindo um robô maluco e Bob Esponja extremamente animado em todos os aspectos de sua vida.
Outra coisa corriqueira é a vontade de Plankton de roubar a fórmula do hambúrguer de siri e quebrar o monopólio do Siri Cascudo. Quando ele percebe que o responsável de seu frequente fracasso é o Bob Esponja, Plankton decide tirar ele dá jogada, raptando assim Gary, o caracol marinho de estimação do protagonista.
A trama é extremamente simples e nos conduz para um road movie de resgate, nos lembrando o valor da amizade a da coragem. O filme até brinca com essa estrutura clássica de união, desentendimento e retorno em determinada linha de diálogo, mas acaba fazendo a mesma coisa.
O visual é simplesmente deslumbrante, um 3D com uma textura que lembra algo mais no estilo stop motion. Isso ajuda a diminuir a estranheza quando os personagens interagem com cenários e pessoas reais, que aqui acontece apenas em uma sequência, a dos piratas zumbis cowboys, que não faz sentido nenhum mas vale pelo número musical inusitado.
Outra presença inusitada é a de Keanu Reeves, que não faz apenas uma pontinha, mas que aparece constantemente como Sávio, um sábio num arbusto de sálvia, isso mesmo que você leu. A presença de Reeves é o equivalente ao um carimbo de cool movie, ainda mais somada a trilha sonora do Weezer.
Uma coisa que está na moda é trazer as versões crianças de personagens já conhecidos, vide Scooby! ou até o Baby Yoda (que não é o Yoda), e Bob Esponja não podia deixar passar es oportunidade, mas felizmente é usado com parcimônia, com destaque maior no final do longa, e de acordo com a trama.
Ao final temos uma experiência sem surpresas e confortável, enchendo os olhos visualmente e não esquecendo que ainda é um cartoon, com seus momentos sem sentidos e amalucados, uma ótima opção de entretenimento sem compromisso para as crianças.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
