Após quase 15 anos do primeiro filme, temos uma sequência de Borat, até então o segundo maior repórter do Cazaquistão. O longa foi gravado em segredo e chega através do Amazon Prime Video, que comprou os direitos de distribuição.
Sacha Baron Cohen volta ao seu personagem mais famoso, e desta vez após trazer muita humilhação ao seu querido país com o lançamento do primeiro filme, ele tem a chance de se redimir, voltando para América e entregando um presente para aproximar Donald Trump do presidente de seu próprio país. Nessa parte é dito que Trump já tem costume de fazer amizades controversas mostrando figuras como Kim Jong-un, Vladimir Putin e Bolsonaro, o que nos mostra como o atual presidente brasileiro é visto no exterior.
Como nem tudo são flores na vida de Borat o agrado não dá certo e ele tem que improvisar, usando como presente sua recém descoberta filha, Tutar (Maria Bakalova), que foi escondida para os EUA. Logo de cara é preciso dizer que a adição de Tutar ao elenco é muito boa, a química dela com Borat é nítida, que gera várias cenas absurdas e engraçadas, além de humanizar o personagem com o passar do tempo. Mas por si só Bakalova está ótima e não deve nada ao protagonista.
Um dos grandes motivos de sucesso de Borat, além de fazer as pessoas passarem vergonha alheia e mostrar seus próprios preconceitos, é ver até onde ele consegue levar uma piada, o famoso: qual o limite do humor?? Aparentemente para Borat o céu (ou inferno) é o limite. Há um momento em que o repórter invade um discurso do vice presidente Mike Pence e outra sequência muito embaraçosa e comprometedora do ex-prefeito de Nova York e advogado de Trump, Rudy Giuliani. Junte-se a isso com já tradicionais piadas antissemitas, misóginas e o bônus do coronavírus e temos Borat em seu suprassumo.
Lá em 2006 era ridiculamente absurdo ver como as pessoas se comportavam com as demonstrações de todo tipo de preconceito do personagem, hoje em dia é quase como que normal, já estamos acostumados a ver esse mesmo tipo de comportamento diariamente, vindo inclusive do alto escalão político.
Borat 2 é mais consistente na crítica que faz, direcionado na política republicana norte americana, mas continua sendo do tipo ame ou odeie, testando o limite de até onde achamos algo engraçado ou desconfortável.
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