Quando pensamos em um autor favorito, se assim nos é perguntado, em nossa cabeça surge aqueles tão consagrados pela literatura: no meu caso, Scott Fitzgerald. Por vezes esquecemos que a literatura mora ao nosso lado, sem tanta diferença de época e vivendo apenas em um bairro diferente, quem sabe. Conhecer Aline Bei, então, foi me dar certeza de que não é só dos clássicos que tiramos grandes inspirações. A Livraria Cultura ofereceu uma conversa com a autora de “O peso do pássaro morto“, na unidade do Shopping Iguatemi, e, amante dos livros da forma que sou, não perdi a incrível oportunidade.
Aline Bei, ganhadora dos prêmios Toca e São Paulo de Literatura 2018, é atriz formada e escritora – transborda talento no que se propõe a fazer. Conhecer Aline foi, sem sombra de dúvida, um dos acontecimentos mais importantes e marcantes do ano. Com os tempos difíceis que acompanhamos, uma luz na literatura é, muitas vezes, o que mais me acalenta. Conhecer uma autora nova e que faz tão bem esse papel de não deixar a arte morrer é um desbunde. Ter estado ali foi uma reposição de energias positivas para a minha futura carreira, que sempre andará de mãos dadas com a escrita.
Encontramos com a autora no espaço de cursos da livraria. A felicidade já começou ali: uma sala com uma infinidade de livros, muitos desses eram verdadeiras relíquias, como uma parede de sabedoria. Ao horário do encontro, Aline se apresentou e conversamos, para a minha surpresa, como amigos recentes – uma roda de troca de experiências e do amor mais puro pela literatura. Para os que desejam ser escritores, vale uma noite como aquela. Todos ali reunidos eram amantes dos livros, e, dessa forma, parece-me que todos se sentiram acolhidos de alguma maneira, entendendo que limitações ao escrever existem para todos, mas que não necessariamente são um ponto final para uma carreira literária. Sua editora, em certo momento, pediu que lesse um trecho de seu romance. Havia nos dito que lia bem, mas não acreditava que superaria a minha expectativa. Mostrando o seu lado atriz, Aline deu uma grande demonstração do poder de sua leitura. Sua voz tornou a passagem ainda mais poética.
A noite acabou com fotos e autógrafos, com a autora se mostrando, além de talentosa, de uma amabilidade radiante. Assistindo o vídeo de sua premiação, a autora citou uma frase que me tirou um sorriso: “a gente tem que estar com um livro na mão e não com uma arma”. É disso que se trata: educação vem antes de qualquer porém. Conhecer Aline foi um momento único, daqueles que guardamos como um dos dias mais felizes de nossa vida. Não é sempre que conhecemos uma grande alma, e digo, com propriedade, que todos deveriam conhecer a da que é tão exuberante quanto o próprio cantar do pássaro. Outros textos de Aline podem ser lidos em “Aline-se” e “Livre Opinião“.
O vlog do dia está disponível em:
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Aos 13 anos, descobri que o mundo literário era muito mais interessante do que o real. Pouco a pouco fui conhecendo sobre cinema, literatura; arte num geral, e nunca mais parei. Fascinada por viagem no tempo e tudo o que remete ao passado, sou apaixonada por Jazz, especialmente Frank Sinatra, e por Scott Fitzgerald, um dos autores que mais me encanta. Escrever é um dos meus maiores hobbies, já que é dessa maneira que me expresso plenamente. Que a força esteja com todos!
