Baseado no livro autobiográfico escrito por J. D. Vance, Era Uma Vez Um Sonho (Hillbilly Elegy no original) acompanha uma família disfuncional pelo olhar do filho mais novo, o próprio J. D. (interpretado por Owen Asztalos na infância e Gabriel Basso adulto), e sua relação com sua mãe (Amy Adams) dependente química e sua avó durona (Glenn Close).
O longa tem direção do experiente Ron Howard, e dada a qualidade já comprovada de suas atrizes principais, era de se esperar um projeto de qualidade, mas infelizmente o filme deixa muito a desejar. É um típico drama de superação, mas que pesa muito na caricatura de seus personagens.
Adams está muito exagerada e as linhas de diálogo ruim não a ajudam nem um pouco. Basso pouco consegue transmitir qualquer tipo de empatia ou emoção de seu personagem e sua contraparte infantil é ainda pior. Glenn Close é a única que está ok, e seu texto apesar de um pouco melhor do que de Adams, no geral ainda é muito pobre.
Existem várias cenas que de tão mal executadas geram o riso involuntário, o total oposto do que um bom drama deveria causar. As idas e vindas da narrativa entre passado e presente são excessivas e quase aleatórias, sem falar da trilha sonora intrusiva e que toda hora tenta manipular as emoções de quem assiste.
Sem foco de onde quer chegar, moralista, sem muito desenvolvimento de personagens, e com uma caricatura de um assunto sério como dependência química, Era Uma Vez Um Sonho acaba se tornando um pesadelo.
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