PUBLICADO EM 25/11/2020

Era Uma Vez Um Sonho

 

Era Uma Vez Um Sonho

Baseado no livro autobiográfico escrito por J. D. Vance, Era Uma Vez Um Sonho (Hillbilly Elegy no original) acompanha uma família disfuncional pelo olhar do filho mais novo, o próprio J. D. (interpretado por Owen Asztalos na infância e Gabriel Basso adulto), e sua relação com sua mãe (Amy Adams) dependente química e sua avó durona (Glenn Close).

O longa tem direção do experiente Ron Howard, e dada a qualidade já comprovada de suas atrizes principais, era de se esperar um projeto de qualidade, mas infelizmente o filme deixa muito a desejar. É um típico drama de superação, mas que pesa muito na caricatura de seus personagens.

Adams está muito exagerada e as linhas de diálogo ruim não a ajudam nem um pouco. Basso pouco consegue transmitir qualquer tipo de empatia ou emoção de seu personagem e sua contraparte infantil é ainda pior. Glenn Close é a única que está ok, e seu texto apesar de um pouco melhor do que de Adams, no geral ainda é muito pobre.

Existem várias cenas que de tão mal executadas geram o riso involuntário, o total oposto do que um bom drama deveria causar. As idas e vindas da narrativa entre passado e presente são excessivas e quase aleatórias, sem falar da trilha sonora intrusiva e que toda hora tenta manipular as emoções de quem assiste.

Sem foco de onde quer chegar, moralista, sem muito desenvolvimento de personagens, e com uma caricatura de um assunto sério como dependência química, Era Uma Vez Um Sonho acaba se tornando um pesadelo.

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  1.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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