PUBLICADO EM 03/06/2021

Espiral – O Legado de Jogos Mortais

 

Espiral – O Legado de Jogos Mortais

Espiral é a nova tentativa de reavivar a franquia Jogos Mortais, que marcou o cinema de horror em 2004 e elevou o nome do diretor James Wan ao estrelato.

Desta vez temos como protagonista Zeke Banks (Chris Rock), detetive que vive a sombra de seu pai (Samuel L. Jackson), um ex-policial aposentado. Quando um novo serial killer, que imita o modus operandi de Jigsaw aparece, cabe a Zeke e seu companheiro novato William (Max Minghella) agir para impedi-lo.

O filme presta algumas homenagens pontuais e traz o gore esperado das armadilhas da franquia, mas em torno disso ele tenta ser um suspense investigativo, num clima meio Seven – Os Sete Crimes Capitais, mas o máximo que consegue é passar por uma paródia.

Começando a análise por Chris Rock, que além de atuar é produtor do projeto, é simplesmente difícil encarar ele num papel sério e tudo fica ainda pior quando alguns diálogos parecem um stand-up (ruim) sobre casamento e divórcio. Jackson por outro lado, que tem muito mais facilidade pra transitar entre gêneros, tem pouco tempo de tela e é subaproveitado.

Darren Lynn Bousman, diretor do filme, toma decisões questionáveis quando decide simplesmente chacoalhar a câmera em momentos de tensão ou utilizar filtros muito fortes em cenas de flashback, que por sinal são muito mal encaixadas, principalmente quando nos mostram algo visto a vinte minutos antes, apostando forte na amnésia da audiência.

Espiral também sofre do mal de diversos outros filmes recentes, fazendo um plot twist que pode ser telegrafado a quilômetros de distância e que se você parar pra pensar, nem faz muito sentido. Logo, se você tirar a violência e o sadismo das armadilhas, quase nada sobra pra ser apreciado, valendo mais a pena revisitar o filme original.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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