O terceiro capítulo de Invocação do Mal, com o subtítulo de A Ordem do Demônio, chega talvez com a proposta mais pé no chão de toda franquia até aqui. Desta vez o casal Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) precisarão ajudar o jovem Arne (Ruairi O’Connor) a provar na justiça que é inocente de ter cometido um assassinato alegando estar possuído por um demônio.
O filme abre com uma boa cena de exorcismo numa criança, que sempre causa mais impacto devido sua vulnerabilidade, e graças a inabilidade do padre em afastar a entidade temos o desenrolar da história. É interessante notar aqui e em outras cenas onde o capeta se apossa do corpo de alguém, que as convulsões ou torsões no corpo não são tão extremas, o que dá um ar mais plausível a situação e justamente por isso mais desconfortável.
O diretor Michael Chaves junto com o roteirista David Leslie Johnson-McGoldrick e o produtor James Wan, optam por focar mais na parte de investigação, com os elementos sobrenaturais aparecendo pontualmente. Isso pode decepcionar os fãs antigos que desejam mais terror e talvez desagrade aqueles que procuram um mistério mais elaborado, já que apesar de não comprometer, a investigação aqui está longe de ser algo fora do comum.
O casal de protagonistas mais uma vez eleva o nível da produção com sua química e carisma, e os envolvidos sabem disso, apelando para flashbacks de sua juventude e ainda assim é possível ficar com um gostinho de “quero mais”. Eu particularmente adoraria ver mais do cotidiano deles.
É questionável a decisão de não explorar mais a parte do julgamento de Arne, visto o impacto e a repercussão que ele causou na época, mas o longa deixa bem claro pelo menos que essa não é sua intensão. Há um bom uso dos efeitos especiais e cenas interessantes que mexem com a percepção dos personagens do que é realidade ou alucinação demoníaca.
Com uma conclusão não tão impactante quanto o começo, muito por conta de uma vilã não tão bem trabalhada, Invocação do Mal 3 aposta no engajamento dos fãs para se sustentar, sem cometer nenhum grande deslize, mas tampouco se arriscando mais que o necessário.
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