PUBLICADO EM 30/07/2021

Jungle Cruise

 

Jungle Cruise

Mais uma das atrações dos parques da Disney que vira filme, Jungle Cruise aposta no seguro e se apoia no carisma de seus protagonistas para conquistar o público.

A trama se passa no começo do século 20 e gira em torno de Frank (Dwayne Johnson), Lily Houghton (Emily Blunt) e seu irmão MacGregor Houghton (Jack Whitehall), que partem em uma missão na Amazônia para encontrar uma planta mística que fornece poderes mágicos de cura.

Por se tratar de uma grande aventura que envolve barcos e elementos fantásticos, é impossível não associar esta nova produção com a franquia Piratas do Caribe, que apesar de ter se desgastado com o tempo, fez do Capitão Jack Sparrow um dos personagens mais queridos da cultura pop. Portanto, era necessário um protagonismo de peso e muito carismático, algo facilmente encontrado em Johnson, construindo uma química interessante com Blunt.

Mas tirando carisma dos atores, os personagens não são lá grandes coisas, com arcos muito simplórios. E isso só piora quando observamos o restante dos personagens, principalmente os vilões personificados por Edgar Ramírez e Jesse Plemons, com este último abusando do tom caricatural.

O filme intercala momentos descontraídos com cenas de ação que tendem a ser um pouco absurdas, mas que dado o contexto acabam se encaixando bem. Algo que não se encaixa muito bem é a falta de cuidado da produção em tentar retratar bem o lugar onde toda sua ação ocorre. Fazendo questão de ressaltar que estão na parte brasileira da Amazônia não faz muito sentido você encontrar figurantes com ponchos que parecem mais mexicanos ou bolivianos, além de toda vez que alguém arriscar algumas palavras um português o sotaque sair extremamente carregado, na verdade é algo que lembra o português.

Havia muito espaço também para trabalhar o belíssimo cenário da floresta, mas o filme passa longe de explorar o seu potencial, sempre usando muito chroma key. A falta de uma trilha sonora mais marcante, como Piratas do Caribe, também é sentida. O uso de Nothing Else Matters parece ousada no começo, mas quando vista de uma perspectiva geral, parece só falta de repertório ou de cuidado do diretor Jaume Collet-Serra e do compositor James Newton Howard.

Com claro intuito de ser uma aventura pra toda família, Jungle Cruise aposta no básico e conta com a força de The Rock para seu sucesso.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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