PUBLICADO EM 13/01/2025

Maria Callas

 

Maria Callas

Pablo Larraín já é conhecido por suas cinebiografias de ‘divas’ como foi com Jackie (2016) retratando Jacqueline Kennedy e Spencer (2021) retratando a Princesa Diana, e agora retorna para fazer o mesmo com Maria Callas, considerada a maior cantora de ópera do século XX.

O filme estrelado por Angelina Jolie, mostra a cantora reclusa em Paris depois de uma vida glamorosa e tumultuada aos olhos do público. Temos uma reimaginação dos seus últimos dias, enquanto confronta passagens importantes de sua vida em flashbacks.

É muito difícil criar algum tipo de conexão com a personagem, e não é nem pelo fato dela ser podre de rica e viver numa realidade totalmente diferente de nós, meros mortais, mas pelo fato de quando adentramos em seus momentos mais íntimos ela parece ser uma pessoa insuportável. O jeito como ela se relaciona com seus empregados, como ela lida com as situações, como se fosse uma criança mimada, impossibilita qualquer tipo de compadecimento pela sua condição mental ou vocal, já em decadência.

Muito foi dito ao longo da passagem do filme por festivais que esta seria a melhor atuação da carreira de Jolie, e pode realmente até ser, mas a insistência de Larraín  no uso e abuso dos closes no carão da atriz, torna tudo meio pedante. Ela manda bem na dublagem da cantora e em alguns momentos onde sua voz é mesclada com a original, dando um efeito bem convincente, mas no mais, nada que surpreenda.

Há um ótimo trabalho de fotografia, que altera entre a luz ambiente nos momentos atuais de sua vida e o preto e branco nos flashbacks do passado. O design de produção e figurinos, marca registrado do diretor, estão impecáveis, mas é como olhar uma linda moldura em um quadro vazio.

Dentro desta trilogia das divas de Larraín, este é o mais fraco sem dúvida. Tecnicamente é bonito, mas a maneira como o diretor decide contar essa narrativa, que não chega a empolgar, torna ainda mais maçante, infelizmente.

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  2.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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