PUBLICADO EM 16/05/2025

Missão: Impossível – O Acerto Final

 

Missão: Impossível – O Acerto Final

Tom Cruise se tornou nos último anos um dos embaixadores da experiência cinematográfica, defendendo que as pessoas devem ir assistir os filmes nos cinemas, onde sua experiência seria a mais completa possível. Por conta disso ele acaba cada vez mais aumentando o nível das suas produções, filmando em IMAX e com cenas de ação cada vez mais elaboradas, e perigosas, já que ele geralmente grava suas próprias cenas.

No novo filme, Missão: Impossível – O Acerto Final, uma continuação direta de Missão Impossível: Acerto de Contas (2023), temos Ethan Hunt (Cruise) e sua equipe lutando contra Gabriel (Esai Morales) e tentando encontrar o Sevastopol, submarino onde está o servidor da temível inteligência artificial Entidade, que ameaça destruir o mundo caso saia de controle.

Acerto Final tem a vantagem de ter todas as peças montadas no tabuleiro no filme anterior, então pode partir desde o começo para a ação sem enrolar muito, mas infelizmente parece não saber aproveitar isso muito bem. A edição por vezes é meio caótica, pulando de lugares com os mesmos personagens em questão de segundos, e apelando muito pra flashbacks de filmes anteriores, tanto para explicar a trama um tanto confusa, como para pegar os fãs pela nostalgia.

Essa confusão em tela faz com que o filme demore pra engrenar, mas mesmo assim, incrivelmente as quase 3h de filme passam voando, muito por conta das grandiosas cenas de ação que te deixam totalmente investido. Quanto a isso, é inegável que tanto Cruise quanto o diretor Christopher McQuarrie sabem muito bem o que estão fazendo.

Nunca antes o nome Impossível do título fez tanto sentido, pois há vários momentos em que você acha que vai ser impossível Hunt escapar com vida, e mesmo assim ele consegue. O fato de esse ser alardeado como um possível último filme da franquia também contribui com isso, até mais do que o nível de ameaça global da trama.

Existem duas grande sequências de ação capitaneadas por Cruise. A primeira é a incursão ao submarino no fundo do oceano, cheia de momentos claustrofóbicos e variáveis que podem por tudo a perder, e depois a perseguição de avião. O grande trunfo delas é não ter somente Hunt como objeto de interesse, mas também sua equipe em paralelo, tendo que se desdobrar para conseguir cumprir os objetivos. A cena final ainda tem mais os atenuantes de bombas para serem lançadas, e desarmadas. O nível de tensão é altíssimo.

Existem momentos decisivos e emocionantes envolvendo os personagens de Ving Rhames e Simon Pegg, mas o nível de envolvimento emocional com os eles vai depender do seu apego particular, pois não há muito espaço para desenvolvimento neste filme em específico. Tudo tem um tom muito épico e definitivo, deixando pouco espaço para nuances e sutilezas.

O ponto baixo são os vilões, primeiro Gabriel (Esai Morales), que continua sem graça e com carisma negativo. Sabemos que ele quer controlar a Entidade e ser o todo poderoso malvadão, mas qual a sua motivação real? Além disso temos a própria Entidade, a IA do mal que vai acabar com tudo, mas é algo pouco tangente, muito é dito do que ela pode fazer, sem ela chegar a fazer muita coisa efetivamente.

Acerto Final tem tudo que se espera de um filme como Missão Impossível, consegue te tirar o fôlego, deixar apreensivo e até mesmo meio confuso, mas entrega uma experiência como poucas vistas no cinema de ação.

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  3.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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