PUBLICADO EM 26/12/2020

Mulher-Maravilha 1984

 

Mulher-Maravilha 1984

Depois de muita espera, temos Mulher-Maravilha 1984 entre nós, meio que pra tentar salvar o péssimo ano de 2020. E logo após a primeira cena, mostrando um flashback da infância de Diana, temos nossa protagonista inserida nos anos 80 salvando o máximo de pessoas que consegue. O visual colorido e a ação meio espalhafatosa e infantil, determinam a tônica do filme. Se você curtir essa proposta ok, caso contrário, irá se decepcionar.

A primeira hora do filme serve para estabelecer Diana nesse cenário, onde ela ainda tenta passar anônima e trabalhar no museu, onde conhece Bárbara Minerva (Kristen Wiig), nova funcionária, com problemas de socialização e autoestima. Apesar de ser clichê, Wiig consegue tirar o melhor de sua personagem, estabelecendo uma química genuína com Gal Gadot. A transformação aos poucos da personagem em Mulher-Leopardo é bem feita, sem dúvida um dos pontos altos do longa.

Por outro lado temos a outra grande ameaça do filme, Max Lord. Claramente o direcionamento para atuação de Pedro Pascal foi dele ser caricato, daqueles sujeitos extravagantes que querem ganhar tudo na lábia, até ai tudo bem. O problema é o direcionamento que seu personagem vai tomando ao longo do filme. É estabelecido um plano megalomaníaco digno de vilão dos Power Rangers, com decisões que põem em questionamento sua inteligência e um desfecho pouco satisfatório.

Mesmo com toda a proporção absurda que a situação vai tomando, você pode relevar certas coisas, mas não a abordagem precária da Guerra Fria e dos conflitos militares. Se você se propõem a tocar esses assuntos é melhor fazer bem feito, até mesmo porque acaba destoando de todo o clima good vibes e descompromissado proposto lá no início.

Gal Gadot, está muito a vontade no papel e a dobradinha com Chris Pine funciona novamente, mas fora os artifícios de roteiro que fazem sua presença lá ser importante, não há desenvolvimento na relação deles, continua a mesma coisa.

As cenas de ação são boas, mas nada que chegue a ser marcante, tirando as tomadas aéreas, onde Patty Jenkins parece mostrar um capricho especial. Há também diversos easter eggs que vão deixar os fãs de longa data dos quadrinho e do antigo seriado de tv bem felizes.

Mulher-Maravilha 1984 tem seus momentos divertidos, mas peca por esquecer disso na metade final da exibição. Super inflado nas suas duas horas e meia de filme, ele se perde tentado ser mais do que realmente é.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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