Barbarian ou Noites Brutais como foi batizado no Brasil, é um dos filmes de terror mais comentados da temporada, isso porque é tido como um dos mais surpreendentes dos últimos anos, e graças ao ótimo retorno financeiro, já que custou em torno de US$ 4,5 milhões para uma bilheteria de mais de US$ 40 milhões.
A trama acompanha uma jovem (Georgina Campbell) que viaja para Detroit para uma entrevista de emprego e aluga uma casa. Mas quando ela chega, tarde da noite, descobre que o local já foi alugado por outra pessoa (Bill Skarsgård).
É difícil dizer realmente o quando Noites brutais pode realmente te surpreender, principalmente levando em conta a bagagem que a pessoa tem com o gênero, mas sem dúvida é um ótimo acerto do diretor e roteirista Zach Cregger. Ele merece muito crédito principalmente pelo jeito como ele decide contar sua trama, partindo de algo simples, um desentendido, e a partir daí provocando o espectador com um clima de dúvida e possível hostilidade.
Cregger consegue manter a atenção pois você fica esperando quando algo vai dar tremendamente errado, e todo cenário é montado pra isso, mas quando finalmente acontece é algo que provavelmente você não esperava. E depois disso ainda temos uma quebra no meio do longa com mudança da perspectiva com a chegada do personagem de Justin Long.
Esta condução da narrativa é sem dúvida o trunfo do longa, que deixa o espectador envolvido e curioso na medida certa. Em meio a isso são pincelados comentários pertinentes sobre como uma mulher precisa ter o dobro de cuidado, comparado com algum homem, em qualquer situação que possa parecer normal.
Depois que as cartas são colocadas na mesa, o filme envereda pra um lado mais comum de filmes de terror, com exceção talvez do final, que pode ser considerado frustrante para alguns, mas que gostando ou não pode gerar debates interessantes.
Noites Brutais pega uma ideia simples e a executa de forma arrojada e sem muitas firulas. E ainda bem se concentra apenas si, sem se preocupar em estabelecer um nova franquia nem nada do tipo, o que nos dias de hoje acaba sendo um alento.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
