PUBLICADO EM 10/07/2018

O Diabo e o Padre Amorth

 

O Diabo e o Padre Amorth

William Friedkin, diretor de O Exorcista (1973), volta a falar sobre o tema polêmico no documentário O Diabo e o Padre Amorth. Desta vez o diretor acompanha Gabriele Amorth, padre, professor, escritor e exorcista italiano. Entre as diversas experiências sobrenaturais que Amorth já viveu, está o caso de uma mulher que, após mudanças comportamentais perturbadoras, procurou a ajuda do padre para tentar levar uma vida normal. O registro feito por Friedkin neste documentário aborda a nona tentativa de exorcismo da italiana Cristina.

Antes de chegar a parte principal do documentário, Friedkin conta sua própria experiência com tema, contando como foi gravar seu filme mais cultuado, e como isso impactou sua vida, mostra algumas partes de locações utilizadas na época, e conta suas motivações para se interessar por contar esta história, baseada no livro de William Peter Blatty.

O grande chamariz do documentário é a cena de exorcismo real feita por Padre Amorth. Real no sentido de que acorreu de fato e as pessoas ali presentes realmente acreditavam naquilo, mas dificilmente o demônio estava presente naquele momento. A voz de Cristina está muito distorcida, levando a crer que houve sim alguma modulação na pós-produção do filme. Na parede atrás da poltrona onde Cristina esta sentada recebendo as orações, há um quadro do Papa Francisco sorrindo, como se ele estivesse observando toda aquela cena bizarra e achando graça, isto dependendo do seu estado de espirito, gera um efeito cômico na cena, muito longe do que era pretendido pelo diretor.

Tentando mostrar algum tipo de imparcialidade Friedkin também entrevista vários médicos, especialistas em doenças cerebrais, questionando os métodos do exorcismo. Mas sem dúvida a pior parte é o final, quando Friedkin vai encontrar Cristina sozinho, sem câmeras registrando, e apenas relata em voz off os possíveis fenômenos paranormais que ele presenciou, mostrando uma montagem de imagens bem ruins, para instigar o público a acreditar no que ele diz.

No final das contas, O Diabo e o Padre Amorth, vale apenas pela curiosidade daqueles interessados no tema e pela memória do Padre Amorth.

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  2.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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