O grande Gatsby, antes de qualquer coisa, devo dizer que escrevo esta resenha com imenso prazer, em pleno 2018, por saber que este livro não perdera seu vislumbre mesmo quase 100 anos após sua publicação. E orgulho-me ainda mais por ter em mente que muitos duvidavam da capacidade de escrita e da chance de realização do grande sonho de Fitzgerald. É um autor de grande luz para mim.
Mas, voltando à resenha, acredito que ler um livro de Scott Fitzgerald requer um lado apurado, – ou meramente observador – para que assim consiga perceber as esmeras colocações do autor acerca da história a ser construída. Não obstante, em “O grande Gatsby” há uma série de noções que permeiam não só a realidade dos americanos diante de um momento economicamente crítico, mas também de singelas analogias que remetem a sua vida.
Do original “The great Gatsby”, a terceira obra publicada pelo autor, contamos com um livro que fora subestimado na época de lançamento – os críticos apontavam que não seria um romance tão bom quanto “This side of Paradise”, sua primeira publicação. Superada essa limitação do dado momento, “O grande Gatsby” ganhou três grandes adaptações cinematográficas de sucesso, tais que não falham na proposta de mostrar um personagem humilde, que, em contrapartida, dá-se como um dos, se não o próprio, homens mais ricos de Long Island.
E a história desse incrível homem desenrola-se com a ajuda de Nick Carraway, um jovem estudante que se muda para o casebre ao lado da mansão de Gatsby, sendo, portanto, o nosso narrador. Apesar de, a princípio, ter notado o luxo que recaía até mesmo na grama de seu vizinho, Nick só fora ouvir o nome Gatsby ao fazer uma visita a sua prima, Daisy Buchanan, e o seu marido, Tom.
No momento em que dizem o nome do homem pela primeira vez, nota-se, pela narração, que surge certo fascínio incerto em Nick – e isso é algo que amo no personagem, pois acredito que seja o único que sente com perspicácia os fatos relacionados ao Gatsby.
Passado um momento, damo-nos conta de que não é só o luxo da mansão que a faz brilhar em meio as noites de Long Island: as festas que lá aconteciam eram, sim, um motivo para olhar àquele templo, sustentado de sabe lá que forma durante a maior crise econômica que o mundo já teria enfrentado. Ao ser convidado para uma dessas festanças, Nick faz presença, e, ao conversar com a infinidade de pessoas que ali estavam, descobre que nenhum deles havia visto Gatsby em uma dessas festas.
Em suma, não sabiam quem era o sujeito, não sabiam o que fazia, e nem o motivo das comemorações. Portanto, para nosso narrador, toda aquela música e bebida era uma mera futilidade; afinal, para que dar uma festa para desconhecidos? Mas Nick estava duramente enganado. Mal sabia o nosso narrador que a alma romântica de Gatsby ia muito além das banalidades do “american way of life”.
Os Estados Unidos do início dos anos 1920 era uma terra de abundância e prosperidade. Como Hollywood não transformaria essa grande obra em um produto para a telona? pois o livro virou filme e traz Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e Carey Mulligan no elenco e transformando um grande livro em um espetáculo cinematográfico, confira o trailer de O grande Gatsby filme de 2013:
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