Um dos personagens mais hypados de Star Wars, mesmo sem nunca ter feito grandes coisas na saga principal, Boba Fett, teve seu retorno glorioso na segunda temporada de The Mandaloian, e logo em seguida com a anuncio de sua própria série, era esperado que o personagem finalmente fizesse por merecer os anos de idolatria dos fãs.
O Livro de Boba Fett começa com o ex-caçador de recompensas, interpretado por Temuera Morrison, reivindicando o antigo território comandado por Jabba the Hutt em Tatooine. Com a ajuda de sua fiel mercenária Fennec Shand (Ming-Ma Wen), ele tenta impor respeito entre os senhores do crime e juntar aliados para manter sua cidade segura.
Os quatro primeiro capítulos da série mostram um pouco desse momento atual de Fett, e se escoram em extensos flashbacks, mostrando como ele sobreviveu ao Sarlacc, sua relação com o povo da areia e como conheceu Shand, na minha opinião o melhor de todos, por trabalhar a relação dos dois. Todos esse momentos obviamente ajudam a compor o personagem e entendermos quem ele é agora, mas muitas vezes chega a ser maçante o quanto a história não anda pra frente.
O grande trunfo da série, é também seu pior inimigo. A partir do episódio cinco a uma quebra na narrativa, onde somos jogados novamente nas aventuras de Djinn Djarin e Grogu, e isso é maravilhoso. é como voltar pro conforto do seu lar depois de um longo dia de trabalho pesado. São nesses dois episódios que nos aprofundamos na cultura mandaloriana e também jedi, e vários temas que vem sendo trabalhados por Dave Filoni desde das séries animadas Clone Wars e Rebels, são retomados.
O único problema é que isso é tão legal que evidencia o quanto o restante da série era desnecessária. Filoni, Jon Favreau e Robert Rodriguez poderiam simplesmente ter feito logo a terceira temporada de Mandalorian com a trama do Boba Fett acontecendo em paralelo, possivelmente de forma reduzida, o que seria um ganho.
O episódio final, mesmo juntando as duas tramas, retomando as questões trabalhadas nos flashbacks e tendo muita ação, acontece de forma um pouco descoordenada e nunca deixa um real senso de perigo para os protagonistas.
No fim, O Livro de Boba Fett se salva pelas participações especiais e por deixar o público com mais vontade de voltar a desbravar a galáxia com o Mandaloriano que realmente importa.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
