PUBLICADO EM 05/12/2024

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

 

O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

A ideia de fazer uma nova animação da franquia O Senhor dos Anéis é algo excelente, pois dá possibilidades muito maiores até do que em live-action, e essa nem é uma ideia nova pois ao longo dos anos 60 e 70 foram feitas adaptações de O Hobbit e de O Senhor dos Anéis em animação, então até demorou para novas empreitadas serem tentadas.

Ambientado 183 anos antes dos eventos narrados na trilogia original de filmes, O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim conta o destino da Casa de Helm Mão-de-Martelo, o lendário nono Rei de Rohan. Um ataque repentino de Wulf, inteligente e implacável lorde Dunlending, em busca de vingança pela morte de seu pai, obriga Helm e seu povo a uma última e ousada estratégia, buscando refúgio na antiga fortaleza de Hornburg – que mais tarde será conhecida como o Abismo de Helm. Em uma posição cada vez mais desesperadora, Hera, a filha de Helm, deve se armar de coragem para liderar a resistência contra um inimigo mortal disposto a destruir tudo e todos que encontrar em seu caminho.

O fato da animação ser em um estilo de anime, talvez seja questionável, pois não sei exatamente se combina muito com todo o restante do que foi feito com a franquia até o momento, mas até ai tudo bem. O grande problema é que a animação em si é meio pobre, principalmente em relação aos cenários, que são estáticos enquanto tudo se desenrola em primeiro plano. Alguns efeitos que usam 3D também deixam a desejar. E isso é um pouco frustrante pois estamos falando de uma franquia gigante fazendo uma animação para o cinema.

Os primeiro 30, 40 minutos são realmente interessantes, a apresentação dos personagens, das intrigas, é tudo feito muito bem, mas depois quando entremos nas grandes cenas de batalha as coisas complicam. A batalha no Abismo de Helm é a mais icônica de toda a trilogia de Peter Jackson, ela ocupa quase que metade do segundo filme, e aqui temos um repeteco disso, mas sem o mesmo impacto, sem o mesmo brilho. Os personagens não são tão interessantes, e a batalha em si não é tão bem construída ou dirigida por Kenji Kamiyama.

O que deveria ser o ápice do filme na verdade acaba se tornando um pouco enfadonho, as 2h15 demoram a passar em determinado ponto já que nem a qualidade gráfica nem o roteiro conseguem empolgar muito.

A boa impressão que fica mesmo é do estabelecimento de Hèra como uma boa protagonista, e eu veria outra aventura dela sem problema, mas seria ótimo ver apenas uma boa aventura na Terra Média, sem qualquer ligação com a Guerra do Anel, o mundo é muito vasto para ser prender toda hora nisso.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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