PUBLICADO EM 17/04/2023

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan

 

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan

Obra clássica do escritos francês Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros já tiveram diversas adaptações para o cinema, logo esta produção francesa tenta dar ar mais moderno em termos de ação e narrativa mas seguindo o mais fiel possível em relação a obra original de 1844.

Na trama, D’Artagnan (François Civil), um jovem gascão espirituoso, é deixado para morrer depois de tentar salvar uma jovem de ser sequestrada. Ao chegar a Paris, ele tenta por todos os meios encontrar seus agressores. Ele não sabe que sua busca o levará ao centro de uma guerra real onde o futuro da França está em jogo. Aliado a Athos (Vincent Cassel), Porthos (Pio Marmaï) e Aramis (Romain Duris), três mosqueteiros do Rei com uma temeridade perigosa, D’Artagnan enfrenta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu (Eric Ruf) e Milady de Winter (Eva Green).

É notório que se trata de uma grande produção francesa, a começar pelo elenco com nomes carimbados inclusive fora de seu país natal como Green, Cassel e Louis Garrel que interpreta o Rei Louis XIII. Mas também é percebido no cuidado com o figurino, no design de produção e também nas cenas de ação.

As cenas de combate inclusive são um grande destaque, pois trazem toda uma bagagem do cinema de ação moderno. Existem tomadas sequenciais que vão intercalando entre os mosqueteiros que são ótimas, o diretor Martin Bourboulon dá dinamismo em lutas de florete e perseguições com cavalos mas sem perder a classe e a suntuosidade que por vezes elas exigem.

Outro diferencial é que o projeto foi definido para ser divido em dois filmes, o primeiro focado na chegada de D’Artagnan aos mosqueteiros e o segundo filme previsto ainda para o final deste ano, com o subtítulo de Milady, personagem de Eva Green, sem dúvida outro ótimo destaque do longa. Por conta disso o filme tem mais tempo para focar em pequenas side quests dos protagonistas em meio a trama de politicagem e traições neste período conturbado da França.

Por um lado temos mais tempo para trabalhar a relação entre os mosqueteiros e suas relações de amizade e companheirismo, uma das marcas registradas da história, por outro temos que aguardar para o encerramento da mesma. Mas como o projeto já foi pensado desta forma, pelo menos temos um bom cliffhanger para continuação. Inclusive graças a marvelização do cinema temos até uma pequena cena pós-créditos, nem os mosqueteiros escaparam.

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan é uma grande aventura, com ótimas cenas de ação, um bom elenco que se apropria de personagens já carismáticos e sabe dosar o drama e o humor, deixando um gostinho de quero mais para o encerramento desta jornada no próximo filme.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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