PUBLICADO EM 08/03/2023

Pânico VI

 

Pânico VI

Pânico VI, novo filme dirigido pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, consolida a retomada da franquia slasher que se iniciou em Pânico (2022), após uma queda de qualidade nas outras continuações.

Na trama deste novo longa, acompanhamos novamente Sam (Melissa Barrera), Tara (Jenna Ortega), Mindy (Jasmin Savoy Brown) e Chad (Mason Gooding), sobreviventes dos recentes assassinatos em Woodsboro agora em Nova York, mas as coisa se complicam quando o Ghostface volta para aterrorizar suas vidas.

Essa nova versão do Ghostface parece muito mais sanguinária que as anteriores, não existe muita elaboração ou firula, ele sai matando geral, sem nem dar muito tempo de reação a suas vítimas, e não se encabula de usar até mesmo uma arma de fogo que se apresenta em determinada ocasião.

Como já é costume da franquia, ela é cheia de referências a outros filmes de terror, mas principalmente a essa altura do campeonato, uma meta referência. Há uma recapitulação de todos que usaram a máscara de Ghostface, até daqueles mais esquecíveis dos filmes 3 e 4. A revelação do assassino, sempre uma questão importante dos filmes além da matança em si, talvez fique pra segundo plano, até porque não é tão difícil escolher entre os novas adições no elenco quem deve ser o Ghostface, a questão é apenas descobrir o motivo e como é feito.

Mesmo com todos os elementos clássicos, há vários tentativas de subversão. O fato deles estarem em Nova York talvez não tenha sido explorado em seu potencial total, mas uma mudança de ares é muito bem vinda. A cena de abertura, outra marca registrada da franquia, começa com potencial de ser uma das piores, mas logo em seguida se torna provavelmente uma das melhores, porque já ali temos uma pequena quebra de espectativa.

Existem pequenos plot twists no final, que acabam funcionando justamente porque os realizadores não tem nenhum pudor de mergulhar de cabeça nessa tentativa tentar inovar sem ser muito mirabolante, ao ponto de ficar gratuito, são pequenos elementos adicionados que acabam dando uma sensação de que quem está por trás do projeto realmente adora aquilo e quer trazer uma sensação de novidade mas sem desrespeitar o material prévio.

A volta de personagens antigos como Gale (Courteney Cox) e Kirby (Hayden Panettiere) desta vez não acrescenta muito a trama, como foi o caso de David Arquette no filme anterior. Elas só estão lá para continuar fazendo a ponte entre os fãs antigos e novos e ter mais personagens com potencial de serem mortos ou serem o assassino.

Jenna Ortega, nova queridinha de Hollywwod, tem mais destaque, mas é Melissa Barrera que tem um desenvolvimento mais interessante por conta de sua ligação com Billy Loomis (Skeet Ulrich), e há espaço para um desenvolvimento ainda mais interessante para um próximo filme. O fato de não estarem acelerando este processo é louvável, mas é preciso que entreguem algo mais concreto numa próxima entrada.

Pânico IV tem todo um clima de transição tanto do antigo elenco para o novo, mas da própria jornada dos novos personagens, ele parece se distanciar bastante do resto da franquia de uma forma geral, mesmo com várias citações, o que talvez desagrade alguns, mas chegando a um sexto filme é interessante ver a tentativa de algo um pouco diferente e os rumos que a franquia pode tomar.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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