Mei Lee (voz original de Rosalie Chiang) é uma jovem de 13 anos vivendo o caos típico da adolescência. Mas além de ter que lidar com a mãe superprotetora (voz original de Sandra Oh) ela tem outro problema: toda vez que se emociona demais, Mei se transforma num enorme panda-vermelho. A partir deste momento ela precisa da ajuda de suas amigas para passar por essa situação e ainda ter tempo de ir ao show de sua boy band favorita.
A premissa acima é a base de Red – Crescer é uma Fera, novo filme da Pixar, que assim como aconteceu com os últimos lançamentos do estúdio, chegou diretamente ao serviço de streaming Disney+. Este é o primeiro longa-metragem dirigido por Domee Shi, que havia trabalhado no departamento artístico do estúdio e comandado o curta Bao, pelo qual ganhou o Oscar.
Levando em conta o cenário e a época escolhida para se passar o filme, fica claro que essa é uma história muito pessoal para diretora, que também escreve o roteiro ao lado de Julia Cho. Tampouco ela tenta esconder suas influências nos animes, principalmente no tipo de humor físico empregado.
No geral Shi se sai muito bem na transição de curta para um longa metragem, com um ritmo muito satisfatório, apesar de se apoiar em certas batidas narrativas bastante manjadas.
O elemento musical é bem utilizado, integrado com trama e o mais importante, com uma música chiclete que gruda na cabeça, e em determinado momento ela é ressignificada de maneira bem tocante, que reforça a importância da aliança feminina, aliás um dos temas centrais do longa.
O final ganha proporções gigantes, algo de certa forma inesperado e até um pouco destoante com o restante da produção, e acaba sendo bastante previsível e sem um conflitos mais complexos a ser definidos.
O filme consegue ser ao mesmo tempo nostálgico pra quem viveu a época de ouro das boy bands e atual pra quem curte a febre do k-pop. Com um bom sem de humor e o com a já costumeira camada emocional dos filmes da Pixar, Red está longe de reinventar a roda, mas é muito divertido e bem executado.
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