PUBLICADO EM 19/12/2019

Star Wars: A Ascensão Skywalker

 

Star Wars: A Ascensão Skywalker

Em 2015 J. J. Abrams assumiu a tarefa de iniciar a nova trilogia de Star Wars com o Despertar da Força. Sem se arriscar muito o episódio VII segue as mesma batidas de Uma Nova Esperança, com algumas lacunas para serem preenchidas nos filmes seguintes e uma promessa de achar sua própria identidade nas sequências.

A continuação, Os Últimos Jedi, teve no comando o cineasta Rian Johnson, que para o bem ou para o mal, imprimiu sua assinatura e assumiu alguns riscos ao levar a história para caminhos não tão comuns, que até irritaram grande parte dos “fãs”.

Chegamos agora na conclusão da nova trilogia e por tabela na conclusão da Saga Skywalker, como foi amplamente difundido no material de divulgação do novo filme. A principio Colin Trevorrow (Jurassic World) era o diretor, mas foi afastado por divergências criativas, então a Disney novamente apelou para J. J. Abrams. Dito isto, fica claro o esforço do estúdio de esquecer muito dos conceitos que Johnson empregou em Os Últimos Jedi, dando ouvidos a birra dos expectadores.

Um exemplo prático é o mistério dos pais da Rey (Daisy Ridley). Criou-se uma expectativa em cima disso no primeiro filme, o no segundo Johnson subverte dizendo que ela não era filha de ninguém especial. O interessante dessa mensagem, é que você não precisa ser um floquinho de neve especial, ou ter uma linhagem familiar importante para fazer coisas incríveis, inclusive ele reforça isso ao final do filme com o jovem órfão usando a força e emulando o sabre de luz com uma vassoura. Qualquer um em qualquer lugar pode fazer a diferença. Abrams pega isso, amassa e joga no lixo, ressuscitando o mistério com direito a Deus Ex-Machina e tudo.

O filme acerta na nostalgia, com presença de alguns personagens antigos e a trilha sonora de John Williams, mas infelizmente peca no desenvolvimento do trio protagonista. Poe Dameron (Oscar Issac) antes parecia ser um Han Solo genérico, agora temos a total certeza de que é. Finn (John Boyega) tem pouco com o que trabalhar, estando apenas junto com os outros e sem nenhuma habilidade específica que contribua com a trama. Rey pelo menos tem sua trama a ser desenvolvida e um objetivo específico no final. Por incrível que pareça o personagem que se sai melhor é Kylo Ren (Adam Driver), conflituoso e ambíguo, ele acaba tendo mais profundidade que os demais, e você pode até questionar suas ações e motivações mas pelo menos é mais interessante que o restante.

No fim, A Ascensão Skywalker acaba soando meio genérico, emulando um pouco o Retorno de Jedi (Endor, planeta dos Ewoks, até aparece), trazendo novamente o embate final entre rebelião e as forças do mal (seja o Império, Primeira Ordem ou os Sith), apelando apenas para nostalgia e bons efeitos visuais e perdendo a chance de trazer algo surpreendente ou que pelo menos fique na memória até o próximo reboot ou continuação.

Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram, e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.

 

  2.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


RELACIONADOS