Resolvi dar uma chance ao Tartarugas até lá embaixo. Digo “dar uma chance” porque havia muito tempo que não lia um YA (Young adult). A verdade é que não foi uma das leituras mais prazerosas que já fiz, mas alguns pontos da narrativa fizeram com que eu seguisse lendo – por mais que de forma arrastada.
Do original “Turtles all the way down”, John Green, aquele que conquistou todos com “A culpa é das estrelas”, parece ter resolvido seguir com a sua linha de romances adolescentes, mas, dessa vez, botando um pouco mais de si nas personagens, especificamente em Aza Holmes, a nossa protagonista e narradora. Ainda no ensino médio, a garota sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (T.O.C), o que a leva a entrar em conflito em momentos que, para as pessoas que não possuem o transtorno, parecem banais. Por mais que esse seja um fato importante sobre a personalidade de Aza, não é sobre isso que se dará o desenrolar da história.
John Green
Junto a Daisy, sua melhor amiga, Aza começará uma investigação em busca de um milionário que havia misteriosamente sumido – mas com algumas ressalvas, quando damo-nos conta de seu caráter. Escritora de fanfics do Star Wars, Daisy também é ambicionada por dinheiro, o que a faz mergulhar de cabeça nessa caça ao homem, já que a recompensa seria de 100 mil dólares para quem ajudasse a polícia quanto ao seu paradeiro. Para os fãs de carteirinha de literatura investigativa, devem ter reparado que talvez o sobrenome de Aza não seja tão aleatório assim!
Mas e o romance? Tudo se deve ao milionário! Não, elas não o encontram e se apaixonam por ele, de forma alguma! Ele era, pois, pai de Davis, o primeiro amor de Aza: e é assim que, mais uma vez, John Green nos leva a uma aventura amorosa cheia de sutilezas da adolescência. Mas, afinal, Aza e Daisy se tornam o Sherlock Holmes e John Watson mais ricos desde Conan Doyle?
Essas e outras perguntas ficam, agora, em aberto. Mais aberto do que isso, apenas o coração de John Green para com seu leitor. Apesar de não ter sido o meu favorito, este pode ser um livro encantador para os amantes de YA.
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Aos 13 anos, descobri que o mundo literário era muito mais interessante do que o real. Pouco a pouco fui conhecendo sobre cinema, literatura; arte num geral, e nunca mais parei. Fascinada por viagem no tempo e tudo o que remete ao passado, sou apaixonada por Jazz, especialmente Frank Sinatra, e por Scott Fitzgerald, um dos autores que mais me encanta. Escrever é um dos meus maiores hobbies, já que é dessa maneira que me expresso plenamente. Que a força esteja com todos!
