Nessa onda de boas adaptações de games para tv e cinema, ninguém arriscaria pensar numa versão de Tetris para as telas, e ainda bem que não é isso que encontramos nesse novo longa da Apple. O filme, baseado em fatos reais, foca no licenciamento do jogo para o ocidente, e acredite, essa é uma baita de uma história.
No longa, o empresário Henk Rogers (Taron Egerton), descobre o jogo Tetris no final da década de 1980 e decide arriscar tudo, inclusive a sua família, quando decide viajar para a União Soviética para conhecer o inventor do jogo, Alexey Pajitnov (Nikita Efremov) e convencê-lo a licenciar o game para consoles portáteis.
O filme dirigido por Jon S. Baird se aproveita da estética pixelada do jogo em grafismos na tela para fazer transições e até na perseguição de carro na parte final, não é nada que seja incrível ou inovador, mas é bem divertido e nunca chega a ser exagerado.
O inicio parece mais acelerado em comparação com o restante, e por isso talvez possa ser um pouco confuso em relação aos licenciamentos do jogo que são feitos, mas isso acaba sendo contornado mais a frente quando você realmente percebe o rolo que foi feito.
Só essa parte do licenciamento em diferentes plataformas seria material suficiente para nos entreter, mas tem várias questões acontecendo ao mesmo tempo, como o declínio da União Soviética e a chegada do primeiro Game Boy criado pela Nintendo, além claro do drama pessoal de Rogers que arriscou suas economias e sua própria segurança ao embarcar nessa empreitada.
Tetris tem um clima mais leve até mais ou menos sua metade, quando começa a querer ser um thriller de suspense e talvez pese um pouco a mão ai. Felizmente as boas atuações, pincipalmente de Egerton aliviam um pouco a barra.
A trilha sonora com versões russas e japonesas de sucessos da época é divertida ajuda a dar o clima certo e mergulharmos nos anos 80. Algumas passagens que precisam do uso do CGI ficam estranhas, talvez tenha faltado um pouco de investimento.
Quem é fã do tema com certeza já deve ter ouvido falar desse causo todo envolvendo o licenciamento do Tetris, e mesmo que você nunca tenha ouvido falar do jogo (algo muito difícil), vai encontrar uma boa opção de entretenimento, que no fim das contas revolucionou o ramo dos games.
Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.
Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
