Depois de mais de 30 anos do lançamento do filme original, Um Príncipe em Nova York 2 traz de volta Eddie Murphy como a realeza de Zamunda e tenta atualizar a trama para os dias atuais, regada a muita nostalgia.
Na trama o recém coroado Rei Akeem (Eddie Murphy) e seu confidente Semmi (Arsenio Hall) voltam aos EUA quando ficam sabendo da existência de um filho bastardo, Lavelle Junson (Jermaine Fowler) com uma mulher americana (Leslie Jones), sendo um improvável herdeiro do trono de Zamunda.
Esta premissa principal parte de um retcon meio bobo, mas que é até aceitável, entretanto, o jeito que a trama se desenrola é totalmente sem surpresas, e repete várias coisas do primeiro filme, talvez aqui apelando pra nostalgia pura, que pode ou não funcionar dependendo da sua ligação com o original.
As passagens por Nova York são tão rápidas que o título do filme quase perde o sentido, agora Zamunda é o foco de interesse, ainda mais com o eminente conflito armado que pode eclodir a qualquer momento, e mesmo assim nada além do palácio da realeza é explorado, ainda pouco sabemos sobre o país fictício além de algumas tradições.
As personagens femininas ganham bastante destaque e é nítido um cuidado para o desenvolvimento das principais, ao mesmo tempo poderia ser melhor. Por exemplo, ao invés de colocarem o personagem de Tracy Morgan, tio de Junson, reafirmando a necessidade de uma figura paterna para o personagem, o roteiro poderia ter aproveitado para trabalhar a relação entre mãe e filho.
A classificação indicativa mais abrangente tira a possibilidade de um humor mais ácido, como no primeiro filme, e particularmente falando, se duas piada me arrancaram uma risada foi muito. A trabalho de maquiagem e figurino são muito bons, assim como alguns números musicais.
Apesar de ser bacana ver Murphy voltar ao personagem, ele parece estar atuando no automático. O grande destaque vai para Wesley Snipes como General Izzi, super a vontade dando um toque de humor ao antagonista.
Apesar de bem intencionado, Um Príncipe em Nova York 2 peca ao não caprichar mais em seu roteiro, e contar apenas com a nostalgia para cativar a audiência.
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