PUBLICADO EM 09/07/2021

Viúva Negra

 

Viúva Negra

A personagem Viúva Negra, apareceu no MCU pela primeira vez lá no longínquo ano de 2010, em Homem de Ferro 2, e foi a primeira “super heroína” a aparecer neste universo, e depois de várias aparições nos filmes dos Vingadores, finalmente seu grande debut num filme solo vem apenas agora em 2021, fazendo valer a máxima antes tarde do que nunca.

Na trama do longa voltamos um pouco no tempo e acompanhamos Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, onde ela está foragida e tem que escapar das mãos do General Ross (William Hurt). Em meio ao seu exílio ela é perseguida pelo misterioso Treinador e agora precisa acabar com uma perigosa conspiração conectada com o seu passado junto com sua irmã Yelena Belova (Florence Pugh).

Este é sem dúvida um dos filmes mais sóbrios da Marvel, que nos remete diretamente a Capitão América 2: O Soldado Invernal e outros filmes de ação e espionagem como a franquia Jason Bourne e Missão Impossível. As cenas de porradaria franca são bem coreografadas, e com forte impacto e as perseguições de moto e carro são muito boas, dando um ótimo ritmo para primeira metade do filme.

O fato da Viúva Negra ter seu filme solo faz com que imaginemos que todos os holofotes estejam voltados pra ela, mas apesar de ser um aprofundamento em sua origem e uma despedida de fato para Johansson no papel, ele aproveita para apresentar Yelena, que com certeza irá aparecer em vários próximos projetos do estúdio. Os fãs talvez fiquem divididos quanto a essa decisão, mas é inegável que a conexão e química das duas personagens é ótima e Florence Pugh, mostra mais uma vez o quão talentosa ela é.

O restante da família da Natasha é composta por Alexei (David Harbour) também conhecido como Guardião Vermelho, que consegue cativar o público com sua personalidade bastante peculiar e Melina (Rachel Weisz) que infelizmente não consegue o mesmo feito, ficando bastante abaixo dos demais.

O Treinador, apenar de ter um conceito bastante interessante parece que nunca chega ao seu potencial máximo e o grande vilão Dreykov (Ray Winstone) que comanda a Sala Vermelha, é bastante caricato. O ato final perde um pouco de força ao tentar escalar demais o nível da ação, se aproximando mais de um filme padrão de super herói. Apesar de usar o conceito da Sala Vermelha para fazer alusão a assuntos sérios como tráfego humano e exploração feminina, o roteiro passa longe de querer discutir com mais vigor esses aspectos.

A diretora Cate Shortland consegue dentro do padrão MCU entregar um longa com bastante personalidade e acerta ao conseguir fazer seus laços familiares funcionarem tão bem e serem a espinha dorsal da narrativa. Mais do que uma despedida atrasada para a personagem, Viúva Negra consegue estabelecer laços importantíssimos para o futuro do MCU.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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