A personagem Viúva Negra, apareceu no MCU pela primeira vez lá no longínquo ano de 2010, em Homem de Ferro 2, e foi a primeira “super heroína” a aparecer neste universo, e depois de várias aparições nos filmes dos Vingadores, finalmente seu grande debut num filme solo vem apenas agora em 2021, fazendo valer a máxima antes tarde do que nunca.
Na trama do longa voltamos um pouco no tempo e acompanhamos Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, onde ela está foragida e tem que escapar das mãos do General Ross (William Hurt). Em meio ao seu exílio ela é perseguida pelo misterioso Treinador e agora precisa acabar com uma perigosa conspiração conectada com o seu passado junto com sua irmã Yelena Belova (Florence Pugh).
Este é sem dúvida um dos filmes mais sóbrios da Marvel, que nos remete diretamente a Capitão América 2: O Soldado Invernal e outros filmes de ação e espionagem como a franquia Jason Bourne e Missão Impossível. As cenas de porradaria franca são bem coreografadas, e com forte impacto e as perseguições de moto e carro são muito boas, dando um ótimo ritmo para primeira metade do filme.
O fato da Viúva Negra ter seu filme solo faz com que imaginemos que todos os holofotes estejam voltados pra ela, mas apesar de ser um aprofundamento em sua origem e uma despedida de fato para Johansson no papel, ele aproveita para apresentar Yelena, que com certeza irá aparecer em vários próximos projetos do estúdio. Os fãs talvez fiquem divididos quanto a essa decisão, mas é inegável que a conexão e química das duas personagens é ótima e Florence Pugh, mostra mais uma vez o quão talentosa ela é.
O restante da família da Natasha é composta por Alexei (David Harbour) também conhecido como Guardião Vermelho, que consegue cativar o público com sua personalidade bastante peculiar e Melina (Rachel Weisz) que infelizmente não consegue o mesmo feito, ficando bastante abaixo dos demais.
O Treinador, apenar de ter um conceito bastante interessante parece que nunca chega ao seu potencial máximo e o grande vilão Dreykov (Ray Winstone) que comanda a Sala Vermelha, é bastante caricato. O ato final perde um pouco de força ao tentar escalar demais o nível da ação, se aproximando mais de um filme padrão de super herói. Apesar de usar o conceito da Sala Vermelha para fazer alusão a assuntos sérios como tráfego humano e exploração feminina, o roteiro passa longe de querer discutir com mais vigor esses aspectos.
A diretora Cate Shortland consegue dentro do padrão MCU entregar um longa com bastante personalidade e acerta ao conseguir fazer seus laços familiares funcionarem tão bem e serem a espinha dorsal da narrativa. Mais do que uma despedida atrasada para a personagem, Viúva Negra consegue estabelecer laços importantíssimos para o futuro do MCU.
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