PUBLICADO EM 05/03/2021

WandaVision

 

WandaVision

Depois de mais de 10 anos do Universo Cinematográfico Marvel, onde os filmes do estúdio se interligam gerando uma enorme cinessérie com mais de 20 produções, WandaVision chega pra ser a primeira série televisiva com total influência e continuidade nesse universo arquitetado por Kevin Feige, presidente do Marvel Studios.

Depois dos acontecimentos em Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato, nos deparamos com Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) vivendo uma vida tranquila numa típica vizinhança suburbana… nos anos 50?? Exato!

A criadora do projeto Jac Schaeffer, aproveitou para brincar com o conceito de seriados de tv e vai a cada episódio homenageando uma década diferente, indo dos anos 50, com efeitos práticos, fotografia em preto e branco e formato de tela 4:3, até chegar nos anos 2000 usando o estilo de falso documentário como The Office e Modern Family.

Dividida em três atos, cada um com três episódios, temos primeiro a apresentação dessa nova realidade, que se vai se alterando rapidamente e deixando várias perguntas ao espectador. A partir do quarto episódio começamos a ver o que acontece fora da cidade de Westview e algumas dúvidas vão sendo respondidas, assim como novas vão surgindo com a presença de novos importantes personagens. Os três episódios finais são deixados para as grandes revelações e o desfecho da história.

Foi muito prazeroso ir acompanhando semanalmente cada parte dessa aventura pouco usual. Apesar do público já estar acostumado com maratonas, o efeito de deixar os fãs matutando e criando teorias sobre cada episódio foi extremamente eficaz, tornando a experiência coletiva ainda melhor.

Todos os atores estão ótimos, sem exceção. Elizabeth Olsen tem espaço para mostrar uma veia cômica e atuações caricatas que os episódios de época pedem e ao mesmo tempo demonstra confusão, pesar e sofrimento quando exigida. Paul Bettany parece se divertir mais do que nunca, podendo mostrar mais do Visão sem toda a maquiagem pesada. O retorno de outros personagens já conhecidos como Jimmy Who (Randall Park) e Darcy Lewis (Kat Dennings) também é bem vindo, com destaque para Darcy, que apagou uma má impressão de ser meio chatinha nos filmes do Thor.

Os novos personagens introduzidos também são muito cativantes e bem construídos. Como podemos perceber ao final, Kathryn Hahn e Teyonah Parris tem lugar garantido em novas produções dentro do MCU.

A trama se desenrola em seu próprio ritmo, e aproveita o tempo que tem para ter uma visão mais introspectiva de seus protagonistas. Contudo ela sofre com a expectativa criada em torno de teorias e participações de outros personagens importantes. Apesar de tudo a Marvel aqui aposta em uma resolução bem mais simples do que a esperada, o que de certa forma é bom, já que algo muito complicado ou cheio de loucuras como é de costume nos quadrinhos poderia afastar o público mais casual, mas ao mesmo tempo pode decepcionar os fãs mais fervorosos. O que ajuda a acalmar esse tipo de fã é o fato de ter vários bons easter eggs ao longo do caminho, daqueles que não estão apenas de enfeite.

No fundo, WandaVision é sobre perda, luto, aceitação e sobretudo amor, como o finale deixa bem claro. Tudo que à envolve é repleto magia, mistério e um pouco de ação como se espera de uma produção da Marvel, o que é legal, mas se no centro disso não tivesse a linda relação construída entre os protagonistas, seria algo vazio.

Com vários ganchos para a história dos personagens continuar, não necessariamente em outra temporada, o que mais importa aqui é a jornada que tivemos, muito mais do que o final, que na verdade, apenas encerra um ciclo. Ah e não se esqueça das duas cenas pós-créditos!

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  4.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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