A presença de outros países, principalmente dos EUA, nos países do Oriente Médio, sempre foi um agravante em situações que já são extremamente complicadas por questões territoriais e culturais, em Missão Sobrevivência (Kandahar no original), é feita uma pequena autocrítica, mas de forma não muito efusiva, com uma ação competente.
Na trama, Tom Harris (Gerard Butler) é um agente secreto da CIA que está em uma ação no Oriente Médio. Depois de ter sua missão e identidade reveladas, Harris se vê encurralado no coração de um território hostil. Para escapar, ele e Mohamed (Navid Negahban), seu tradutor, precisam sair do deserto e chegar o mais rápido possível em uma base em Kandahar, fugindo de forças de elite inimigas e de espiões internacionais que querem matá-los.
Toda a introdução é usada para botar as peças no tabuleiro, e isso faz com que a parte da ação, demore a realmente a deslanchar. Quando isso ocorre temos boas perseguições de carro pelas ruas movimentas e deserto da Arábia Saudita, onde o longa foi filmado. Trocação franca de tiros também está presente, a direção de Ric Roman Waugh é bastante firme e funcional. Algumas cenas noturnas no deserto são muito escuras, m acaba que aumentam um pouco o suspense e a tensão, não necessariamente de forma intencional.
Butler consegue fazer esse tipo de papel com o pé nas costas, inclusive passando por uma fase bastante prolífica de sua carreira. Ele entrega a presença e carisma necessários para este tipo de herói durão e solitário que só quer voltar para sua família, por mais distante, física e psicologicamente, que ele possa estar dela.
Negahban tem o maior peso dramático em suas costas, e consegue segurar a bronca em momentos chave do filme e a conexão entre os dois protagonistas é bem convincente. Os vilões do filme deixam a desejar, até porque as vezes é meio confuso entender quem é que está atacando desta vez, Estado Islâmico? Milícia Iraquiana? Mercenários Paquistaneses?
Apesar de um roteiro simples, é bastante funcional, e graças a presença de Butler, Missão de Sobrevivência consegue entregar uma ação muito honesta com um fundo dramático que funciona, mesmo não tendo uma grande orçamento por trás.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
