Ruby Marinho – Monstro Adolescente, a nova animação da Dreamworks, teve uma repercussão interessante nos primeiros trailers, ao trazer talvez um contraponto para A Pequena Sereia, que teve uma nova adaptação recentemente, mas que ainda segue a risca o material original, sem nenhum tipo de subversão.
Na trama, a jovem Ruby Marinho (Lana Condor) está desesperada para se encaixar em sua escola, mas na maioria das vezes ela se sente invisível. O baile de formatura é o momento perfeito para se enturmar e convidar seu crush skatista (Jaboukie Young-White), mas sua supermãe superprotetora (Toni Collette), proibiu Ruby de entrar na água, e a festa será num barco em alto mar. Mas quando ela quebra a regra nº 1 de sua mãe, Ruby descobre que ela é descendente direta das guerreiras Kraken Gigante e está destinada a herdar o trono de sua avó (Jane Fonda), a Rainha Guerreira dos Sete Mares.
Temos então uma protagonista desajustada que tem uma relação complicada com sua mãe e que acaba tendo que passa por uma transformação que faz alusão a puberdade, que é basicamente a mesma premissa de Red: Crescer é uma Fera (2022), e bem próximo de Valente (2012) também. Ruby tem uma pegada mais moderna, ao tentar utilizar as redes sociais na trama e até na estética, mas ainda sim fica abaixo dos filmes citados anteriormente.
Nada é muito bem desenvolvido, fica tudo no meio termo morno, tanto na dinâmica da cidade, de sua família, seus amigos e na mitologia apresentada. Em determinado momento parece até que o roteiro vai fazer algo interessante evitando uma rivalidade feminina, mas no final no final das contas tudo segue previsível.
O visual e o design dos personagens são interessantes, e fugindo um pouco do padrão. A animação é bem feita e o uso das coras neon de baixo do mar é bem interessante, principalmente dos krakens. As escolhas das músicas ao longo do filme são interessantes, dando odo aquele clima de filme high school, e colocar Burning do Yeah Yeah Yeahs na luta final (e no trailer) foi de uma felicidade imensa, mas talvez dê uma dramaticidade mais elevada do que a própria cena pedia.
Ruby Marinho é simpática, e apesar de não surpreender, entrega o que promete, nem mais nem menos, com certeza sendo uma ótima opção pra criançada se divertir.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
