PUBLICADO EM 01/05/2021

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

 

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Originalmente o projeto da Sony Pictures Animation foi programado para estrear nos cinemas, mas devido a pandemia de covid-19, seu lançamento foi adiado e teve seus direitos comprados pela Netflix. É curioso ver como um filme como A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, que fala se reconectar com sua própria família e deixar a tecnologia de lado, chegue num momento onde estamos sendo obrigados a permanecer unidos e a conexão com quem está distante é feita apenas digitalmente.

A trama segue Katie e sua família, que decidem acompanha-la na sua viagem até a faculdade de cinema que ela sempre sonhou em fazer, tentando assim uma reconexão entre Katie e seu pai, antes que seja tarde demais. O que eles não contavam era que no caminho uma revolta das máquinas iria acontecer, deixando os Mitchell como última esperança da humanidade.

O roteiro mesmo sendo simples e com algumas conveniências, faz comentários irreverentes sobre a irresponsabilidade de grandes empresas de tecnologia, consumismo e as relações humanas na era digital. O visual da animação é magnífico, assim como em Homem-Aranha no Aranhaverso, o 3D muitas vezes emula o visual 2D, principalmente nas feições dos personagens, deixando ela com um ar mais próprio e charmoso.

As escolhas estéticas também chamam atenção, pois elas levam a linguagem de vídeos de Youtube e séries animadas como Hora de Aventura, Gravity Falls e Irmão do Jorel, por exemplo, para o cinema (teoricamente). Edições rápidas cheias de efeitos e arco-íris, memes, filtros de gato, etc… tudo isso pode ser encontrado no longa. Embora seja divertido e faça sentido tematicamente, em alguns momentos parecem passar da conta e particularmente me distanciaram da experiência.

O trabalho de voz é muito bom, Danny McBride e Maya Rudolph dão um toque especial para os pais de Katie e vale um destaque para a sempre ótima Olivia Colman, fazendo a vilã do filme. Curiosamente a escolha de voz menos inspirada é a de Aaron, irmão mais novo da protagonista, feita por Michael Rianda, que também dirige a animação.

Com um visual incrível, uma mensagem good vibes, e utilizando muito bem vários elementos que só uma animação pode oferecer, A Família Mitchell deve conquistar o seu público alvo e servir de ótimo entretenimento para toda família.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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