“O crânio, ou o que resta dele, volta a ser fonte de discórdia, de polêmica, entre Rússia e… boa parte do mundo. Seria mesmo de Hitler? Seria uma mentira do governo? Larisa já esperava a pergunta fundamental sobre a autenticidade dos ossos. Sua resposta cabe em duas palavras: tenho certeza!”
Como o quote acima já induz, neste livro vamos traçar os caminhos pelos quais dois jornalistas trilharam para desvendar os mistérios por trás da misteriosa morte de Adolf Hitler.
No dia 8 de maio de 1945 o exército alemão foi capitulado. Segundo a história, uma semana antes Hitler havia cometido suicídio em seu bunker. Essa é a versão mais conhecida de seu fim. O que poucos sabem é que, no dia 1º de maio, Stálin (líder da União Soviética) ordenou que seus homens investigassem a morte de Hitler e capturassem o corpo do tirano (ou evidencias concretas de sua morte). Estaria ele buscando a confirmação de sua morte ou o troféu que viria junto com a cabeça do maior tirano que esse mundo já viu?
Narrado em primeira pessoa, como se o autor estivesse em uma conversa íntima com o leitor, me senti na hora do chá, escutando atentamente toda trajetória que os dois percorreram para que chegassem até ali, nas evidências mais secretas que existem sobre o caso.
Somente em 2017, após dois anos de intensa negociação com as autoridades russas é que os jornalistas Brisard e Lana Parshina puderam finalmente ter acesso aos dossiês confidenciais que tratavam da busca pelos restos mortais de Hitler, assim como aos interrogatórios integrais feitos com aqueles que foram capturados e que tiveram acesso aos últimos dias do Führer.
Em meio a narrativas pessoais temos muito conteúdo histórico que ilustra bem todos os acontecimentos e confirmam todas as informações. Documentos confidenciais foram fotografados pelos autores, inclusive pedaço do crânio e de parte da mandíbula que teriam pertencido ao próprio Führer. Os russos parecem ter plena convicção da autenticidade das informações… Será que estão com a razão?
“Estamos diante de um pedaço de crânio apresentado pelas autoridades russas como sendo de Hitler. Um dos segredos mais bem guardados da união soviética, depois, da Rússia pós comunista. Para nós, o término bem sucedido de um ano de espera e pesquisas”.
Sempre que leio um livro sobre a II Guerra Mundial descubro algo novo. Neste aqui o que mais me chocou foi perceber o quão sozinho o Führer ficou em seus últimos dias. A grande maioria de seus súditos o haviam abandonado. Em decorrência disso, podemos perceber com clareza pelas atitudes de Hitler nos dias que antecedem sua morte, o quão mimado ele sempre foi. Aqueles que fugiram (ou tentaram fugir) eram vistos como traidores.
O livro “A Morte de Hitler” também nos mostra que houve uma forte disputa entre as autoridades aliadas por informações. Disputa para o título de “quem seria o primeiro a encontrar Hitler, vivo ou morto”. Todos esses sub temas (e muitos outros) são abordados nesta obra.
Posso afirmar, como opinião pessoal, que esta foi uma leitura incrivelmente satisfatória. Embora seja uma obra não-ficção voltada para o estudo, em nenhum momento senti tédio durante a leitura. A narrativa é fluida e dinâmica. A diagramação do livro é confortável, contando com imagens que vieram a enriquecer bastante a obra e possibilitar o leitor a incrível sensação de ter feito, de alguma forma, parte daquele processo de investigação.
Mesmo trazendo mais dúvidas do que respostas, ao final da obra temos uma conclusão, o que é importante para o fechamento da leitura e a compreensão do leitor de todo o contexto abordado.
Espero que tenham gostado da resenha, indico muito a obra para aqueles que se interessam pelos mistérios da Segunda Guerra Mundial e que buscam uma obra específica e completa sobre o tema.
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Olá, meu nome é Marcela Gomes, formada em direito. Apaixonada por livros/filmes/series, dedico meu tempo "livro" devorando histórias para passá-las a diante ao máximo de pessoas que eu conseguir. Uma pseudo-critica literária que ama escrever
