Convenção das Bruxas é mais uma adaptação do livro de Roald Dahl (A Fantástica Fábrica de Chocolate e Matilda), onde acompanhamos um jovem garoto e sua vó tendo que lidar com terríveis bruxas que querem transformas todas as crianças do mundo e ratos.
É impossível não fazer logo de cara comparações com a adaptação de 1990, protagonizada por Anjelica Huston. A atriz tinha uma presença marcante, ameaçadora e hipnotizante ao mesmo tempo, e após a transformação na sua verdadeira forma de bruxa, ela se tornava medonha e nojenta. Tudo que é dito de Huston pode ser dito ao contrário de Anne Hathaway, numa atuação extremamente canastrona, com direito a um sotaque beirando o ridículo.
Mas fora a atuação desastrosa de Hathaway, o cgi do filme tampouco convence. Um dos motivos do filme de 1990 causar tanto impacto era os efeitos práticos e a maquiagem grotesca das bruxas, e isso é mérito da produção de Jim Henson. Talvez se pensarmos numa produção direto para o streaming, como foi o caso nos EUA devido a pandemia de covid-19, até possa se relevar, mas temos que pensar que o longa era uma produção feita para os cinemas, e com Robert Zemecks na direção e Guillermo Del Toro na produção, era de se esperar algo um pouco mais elaborado.
Mesmo sendo voltado para um público infantil o longa consegue subestimar a inteligência de qualquer criança, a ponto do personagem ter que explicar em voz alta algo que acabamos de ver.
É bem verdade que Octavia Spencer, como a vó da criança, até tenta trazer algo de bom para o filme, mas esbarra também na interação com os ratos de cgi. Há também de se destacar que está versão não altera o final do livro, igual o longa de 90.
Enfim, esta nova Convenção das Bruxas, falha em divertir ou em dar medo, por menor que seja, em qualquer um e o filme de 90, mesmo estando longe de ser perfeito, ainda é uma melhor opção de entretenimento.
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