O universo zumbis de Zack Snyder parece ir de vento em popa na Netflix. Antes mesmo do primeiro filme estrear o serviço de streaming já estava trabalhando neste spin-off, e atualmente uma série está sendo gravada.
Nesta história que antecede Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, a vida do bancário Dieter (Matthias Schweighöfer) passa por uma reviravolta quando Gwendoline (Nathalie Emmanuel), uma mulher misteriosa, o recruta para se juntar aos criminosos mais procurados do mundo e roubar uma série de cofres superprotegidos na Europa.
O filme original, mesmo com seus problemas, consegue entreter o público dentro da sua proposta, diferente desta nova empreitada encabeçada por Matthias Schweighöfer, que além de protagonizar também dirige a produção.
Comecemos com o fato de os zumbis serem meros easter eggs praticamente, não tendo impacto direto nenhum na trama. Mesmo com a epidemia zumbi ainda no começo e acontecendo em outras partes do mundo era de se esperar algum tipo de reação dos personagens a este avento. As poucas menções a isso servem apenas como alívio cômico.
Se forcarmos no que a produção realmente se propõem, em ser um filme de assalto, ele também consegue entregar muito pouco. A apresentação da equipe é interessante, com suas funções bem definidas e um pequeno background, mas na hora da ação, não existe nenhum momento em que eles precisem mostrar suas habilidades únicas e mostrar como são bons no que fazem. A única exceção é Dieter, que nós já conhecemos do filme anterior, e aqui só repete a dose com o incremento de mais travas para desbloquear.
Se olharmos Exército de Ladrões com a perspectiva de ser uma prequela, que pretende aprofundar no personagem já estabelecido, também não funciona muito bem, já que Dieter é exatamente o mesmo personagem que conhecemos, fora o fato de ter um envolvimento romântico com Gwendoline, e mesmo isso parece não influenciar em nada em sua trajetória no futuro.
Pouco inspirado nas cenas de ação, nos planos de roubo e até na tentativa de humor físico do protagonista, Exército de Ladrões é um filme totalmente esquecível, que não acrescenta em nada ao universo estabelecido e que ainda nos faz questionar se a expansão do mesmo é realmente uma boa ideia.
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Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
