PUBLICADO EM 26/10/2023

Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim

 

Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim

Five Nights at Freddy’s começou como um pequeno jogo de survivor horror, onde assumimos o controle de um segurança noturno, e através de câmeras de seguranças é necessário sobreviver a 5 noites de ataques de bichos animatrômicos numa pizzaria. Logo após o estrondoso sucesso, continuações e exploração de outras mídias, como livros, foram acontecendo, e eventualmente chegamos a adaptação cinematográfica, produzida pela Blumhouse e distribuída pela Universal Pictures.

A trama acompanha Mike Schmidt (Josh Hutcherson), um segurança que decide aceitar emprego em uma pizzaria local abandonada para não perder a guarda de sua irmã (Piper Rubio). Porém, após fazer uma descoberta terrível sobre os animatrônicos do local, Mike é forçado a sobreviver e encarar traumas do passado. 

Um dos grandes atrativos da franquia são justamente as criaturas, que um dia poderiam ter sido até simpáticas, mas com a ação do tempo ficam meio bizarras. Os responsáveis pelos bonecos, Jim Henson’s Creature Shop, são referência absoluta no seguimento, e entregam um ótimo visual, muito fiel aos jogos, e todos os efeitos práticos deixam a movimentação dos bonecos exatamente como deveriam ser, meio estranha, assustadora, mas sem exagerar.

E justamente a falta de exagero, por assim dizer, é o maior problema do filme. A produção na verdade se perde um pouco no tom. Sua censura é 14 anos, não permitindo que avance muito na violência, o que pode deixar o público mais velho decepcionado, por conta disso talvez, ele aposta num aprofundamento na história do protagonista, o que pode fazer um público mais jovem um pouco entediado.

O aprofundamento de Mike na primeira meia hora de filme é muito bem vindo, mas após isso parece que a diretora Emma Tammi, que também roteiriza ao lado de Seth Cuddeback e Scott Cawthon, criador da franquia, tentam dar muito mais drama e substancia do que o necessário. É um filme muito mais dramático do que divertido, e isso não é exatamente o que se espera de um filme desse tipo.

A título de comparação, Willy’s Wonderland – Parque Maldito, filme de 2021 protagonizado por Nicolas Cage, que usa basicamente a mesma premissa do jogo, acerta melhor a vibe esperada, indo direto ao ponto, sem muitas firulas, e isso não quer dizer que seja um filme melhor, até porque o valor de produção é bem menor, mas ele entrega aquilo que se espera.

Outro ponto é que existem uma falta de consequência para os personagens que morrem que é quase inexplicável. A polícia simplesmente não se importa com pessoas desaparecidas, ou até mesmo com literalmente uma pessoa morta na sala da casa de alguém, simplesmente não há repercussão nenhuma.

Há claramente a intenção de trazer o sucesso dos games para os cinemas, estabelecendo uma franquia, e por conta disso, poderiam ter apostado em algo mais simples, deixando pra expandir ainda mais a história futuramente.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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