PUBLICADO EM 22/12/2022

Gemini: O Planeta Sombrio

 

Gemini: O Planeta Sombrio

Sem muito rodeio podemos dizer que o longa russo Gemini – O Planeta Sombrio, é uma das piores coisas lançadas no ano de 2022. Ele remenda conceitos já vistos inúmeras vezes em vários filmes de ficção científica, mas com o agravante de ser mal dirigido, mal editado, mal escrito e muito mal interpretado.

Na trama, depois de séculos destruindo os recursos da Terra, a humanidade enfrenta a sombria realidade de que sua última chance de sobrevivência pode exigir a criação de um lar totalmente novo – no espaço sideral. Uma expedição internacional é rapidamente formada para encontrar um novo planeta adequado, mas quando os planos dão errado, a tripulação fica repentinamente sem energia em um planeta estranho. Infelizmente, eles logo descobrirão que algo verdadeiramente inimaginável está lá fora observando, esperando pelos incautos exploradores humanos.

Por algum motivo, talvez tentando a sorte no mercado estrangeiro, está produção russa é toda falada em inglês, mas o processo de redublagem, que de certa forma é até comum, é porcamente feito. A falta de emoção, de entonação, é absurda, as vezes fica a dúvida se quem está falando é o personagem correto.

As atuação seguem o mesmo nível, com o destaque negativo para o protagonista interpretado por Egor Koreshkov, que altera entre ficar com cara de paisagem ou arregalar os olhos o máximo possível.

O roteiro e os diálogos são um show de horror a parte, com direito a frases de efeito do tipo “Eu preciso salvar a Terra.” Há diversos flashbacks que aparecem em momentos aleatórios tentando mostrar o vinculo romântico do protagonista sua esposa, interpretada por Alyona Konstantinova, que são pura vergonha alheia.

O fato deles tentarem esconder a criatura e, supostamente, criarem uma tensão dentro da nave, seria válida, até mesmo pra mascarar um orçamento não tão alto, mas só se fosse bem feito, coisa que não é. O publico não cria vínculo com nenhum personagem, tem alguns que você nem sabe porque estão ali, a não ser pelo fato que que vão morrer em breve, e nenhuma morte é particularmente memorável. É difícil até torcer pra criatura, já que ela pouco aparece.

É triste perceber que um filme que se “inspira” tanto em Alien – O 8.º Passageiro, que é uma excelente base, consegue errar em tudo que se propõem.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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