Rua do Medo 1978 é a segunda parte da trilogia de terror da Netflix, que pode ser considerada uma cinessérie, vide sua proposta de lançamento semanal e sua narrativa totalmente codependente.
Logo após os acontecimentos do primeiro filme Deena (Kiana Madeira) e Josh (Benjamin Flores Jr.) precisam pedir ajuda de C. Berman (Gillian Jacobs), alguém que conseguiu sobreviver ao ataque da bruxa em 1978 durante as férias de verão no Acampamento Nightwing.
Após essa breve introdução que conecta diretamente os dois filmes. mergulhamos completamente na história de Berman. Dessa vez a grande referência dos clássicos do gênero slasher é Sexta-Feira 13, que imortalizou o serial killer Jason tocando o terror num acampamento cheio de jovens. A mudança pra esse cenário mais limitado e o foco em apenas uma ameaça ao longo do filme, tornam ele mais arrastado.
Outro ponto que joga contra a continuação é o elenco principal, bem inferior ao anterior, com exceção de Ziggy (Sadie Sink), é quase impossível simpatizar com os demais jovens, fazendo com que os riscos que correm sejam irrelevantes, já que não nos importamos. Além disso existem algumas situações pontuais que não fazem tanto sentido, o que nos tira um pouco da narrativa.
O uso da violência aqui parece mais intenso, o que nos leva a pensar numa escalada ainda maior para conclusão, que deve finalmente revelar o grande mistério envolvendo a origem da maldição da bruxa e as duas cidades inimigas, já que este aspecto sobrenatural é pouco avançado aqui.
A segunda parte da trilogia, apesar de ser inferior ao primeiro em minha opinião, consegue ter uma identidade forte ao contar uma história distinta de seu antecessor ao mesmo tempo que mantém o clima adolescente proposto desde o início. O final volta a amarrar as narrativas e tem um gancho muito mais forte para o desfecho, onde poderemos ver se esse passei pela Rua do Medo valeu mesmo a pena ou não.
Nós estamos no Facebook e você também pode nos achar no Instagram e Twitter, curta as páginas e fique por dentro do UNIVERSO REVERSO.
Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.
