PUBLICADO EM 26/03/2020

Sonic: O Filme

 

Sonic: O Filme

A adaptação de Sonic para os cinemas foi bastante conturbada. Primeiro porque não há grande histórico de jogos de vídeo game se tornando bons produtos cinematográficos e principalmente pelas primeiras imagens divulgadas do querido ouriço azul. Mudanças no design de personagens são necessárias, afinal existem coisas que funcionam em certas mídias e outras não. Mas o que foi apresentado não era apenas diferente, era pior do que o visual clássico, sem um pingo de inspiração.

A Paramount, responsável por levar aos cinemas a franquia da Sega, ouviu a reclamação dos fãs (que geralmente são apenas chatos), e conseguiu dar nova vida ao personagem, deixando ele mais próximo do visual clássico, mais simpático até, sem aquela cara de bravo.

O visual arrumado, temos que parabenizar também a escolha do elenco, começando por Ben Schwartz como o protagonista. Schwartz já tem um longo histórico como dublador e trabalhos de comédia e consegue complementar o carisma do Sonic com um belo trabalho de voz. James Marsden por sua vez tem carisma necessário para estar junto ao personagem mas sem roubar seu brilho. E claro Jim Carrey como o vilão Dr. Robotnik é o grande acerto, ele entrega a energia e comicidade caricata necessária pro tom leve do filme.

Pra quem já jogou algum jogo do Sonic, sabe que ele é um excelente velocista, e passa por diversas fases em lugares completamente diferentes coletando anéis, e libertando indefesos bichinhos do Dr. Robotnik. O filme pega alguns desses conceitos e cria uma história original. Sonic nasce com esse poder de super velocidade, e por isso deve ficar escondido para que não caia em mãos erradas, para isso toda vez que precisa fugir ele utiliza os anéis, que são capazes de levar ele pra outros mundos. Sonic acaba conseguindo ficar no Planeta Terra por bastante tempo, mas se sente sozinho e ao chamar a atenção das autoridades sem querer, precisa da ajuda do Xerife Tom para recuperar seus anéis e fugir do Robotnik, que almeja o poder de Sonic para dar energia ilimita para suas criações mecânicas.

O longa tem aquelas velha batida de dupla improvável que se une para resolver algo, mas a viagem é tão divertida que isso fica em segundo plano. A maioria das piadas funcionam, as cenas de ação são muito competentes. O truque da ação em câmera lenta, usado muito bem por exemplo em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido com o Mercúrio, também é usada com excelência.

E claro, pra quem é fã do ouriço vai se deliciar com os pequenos detalhes ao longo do filme, como o nome da cidade ser Green Hill, o barulhinho das moedas caindo ou sendo pegas, o tênis vermelho, quando ele espera batendo o pé, o visual do Robotnik se modificando, etc. E tudo isso está apenas no plano de fundo, como easter eggs, sem interferir na trama ou ser sustentada pelas piscadelas pro público. A trilha sonora também é muito bem encaixada, com destaque pro pequeno trecho do tema de Green Hill Zone tocado ao final.

Por fim, Sonic entrega um entretenimento de primeira pra quem é fã dos jogos ou pra quem está entrando agora neste mundo. Divertido e cheio de ação, o ouriço azul pode ter vida longa nas telas do cinema, e essa parece ser a intenção, vide a cena pós créditos, que já deixa aberta uma possível continuação.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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