PUBLICADO EM 19/03/2025

The Alto Knights: Máfia e Poder

 

The Alto Knights: Máfia e Poder

The Alto Knights: Máfia e Poder é um novo retorno de Robert De Niro a filmes de máfia, como em Poderoso Chefão 2 (1974), Os Bons Companheiros (1990) e O Irlandês (2019), e dessa vez ele ataca em dose dupla, representando os dois personagens principais.

O filme, baseado em fatos reais, acompanha a disputa pelo controle das ruas de Nova York por dois dos mais notórios chefes do crime organizado da cidade, Frank Costello (De Niro) e Vito Genovese (De Niro). Outrora melhores amigos, ciúmes mesquinhos e uma série de traições os colocam num rota de colisão fatal que vai transformar a Máfia (e a América) para sempre.

A escolha de De Niro para interpretar os dois protagonistas é um fator que gera curiosidade, mas também o questionamento do porquê exatamente isso aconteceu. Os personagens não são irmãos de sangue nem lá muito parecidos, então além do fator curiosidade, talvez a única explicação é que Joe Pesci estivesse ocupado. Mas fora isso ele é o grande destaque do longa e consegue sustentar a narrativa como dois lados da mesma moeda, um mais comedido e calculista e outros mais explosivo e ganancioso.

O longa tem direção de Barry Levinson (Rain Man) e roteiro de Nicholas Pileggi (Os Bons Companheiros), dois veteranos que sabem fazer esse tipo de filme com o pé nas costas, e talvez esse tenha sido o problema. A segurança de fazer um filme desse tipo jogando no seguro deixa ele em vários momentos num marasmo sem tamanho. Falta alguma inventividade ou condução mais dinâmica para gerar interesse no público.

Recentemente tivemos Conclave, um filme basicamente sobre intriga, ou no popular: fofoca. E é um ótimo filme, com uma condução que não deixa em nenhum momento as coisas esfriarem. Já aqui temos alguns bons momentos que são intercalados com uma visão bem por cima dos bastidores da máfia de Nova York do final dos anos 50.

Dá a impressão que se o projeto fosse uma minissérie, com mais tempo para desenvolver os vários personagens secundários, onde poderíamos digerir melhor as informações, seria de melhor proveito. Mas no filme de 2h parece ser muita coisa e ao mesmo tempo consegue ser desinteressante e cansativo.

Para os fãs do tema e de De Niro é uma baita recomendação, mas caso não esteja habituado é melhor deixar pra depois e investir tempo nos clássicos.

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  2.5

 

SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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