PUBLICADO EM 03/09/2020

The Umbrella Academy – Temporada 2

 

The Umbrella Academy – Temporada 2

Depois de tentar evitar um apocalipse iminente, e não ter tanto sucesso assim, o grupo de irmãos desajustados conhecido como The Umbrella Academy salta no tempo e acabam se espalhando pelo início dos anos 60. Essa é a premissa da segunda temporada da adaptação da Netflix do quadrinho criado por Gerard Way e Gabriel Bá.

Apesar de boa, a primeira temporada é meio morna, mas aqui parece que todos os envolvidos estão mais a vontade, elevando o nível da produção. O roteiro é bem amarrado, algo que é sempre complicado se tratando de viagem no tempo, e toma bastante liberdade em relação ao material original, uma ótima decisão.

Com os personagens já apresentados e estabelecidos fica mais fácil trabalhá-los e desenvolver suas relações. Um exemplo é a relação entre Klaus (Robert Sheehan) e Ben (Justin H. Min), uma grata surpresa, principalmente pelo destaque merecido dado ao irmão já falecido do grupo. Outro destaque é a relação entre Diego (David Castañeda) e a nova adição ao elenco Lila (Ritu Arya), que faz o primeiro deixar de ser um personagem chato e a segunda não é apenas uma muleta, ganhando cada vez mais importância pra trama durante a temporada.

Outro acerto é não se furtar de tratar de assuntos muito pertinentes (ainda nos dias de hoje). Alisson (Emmy Raver-Lampman) luta ativamente pelos direitos civis dos negros nos EUA, enquanto Vanya (Ellen Page) vai descobrindo e explorando sua sexualidade.

Reginald Hargreeves (Colm Feore) tem mais destaque, mas ainda é uma figura misteriosa, além de ser uma figura paterna horrorosa. Luther (Tom Hopper) pouco acrescenta e não brilha, total oposto do Número Cinco (Aidan Gallagher). Como seu poder é o de viajar no tempo, se espera que ele esteja sempre no centro da ação, mas Gallangher vai além e rouba a cena toda vez que aparece.

Apesar das ótimas interações e de praticamente todos os núcleos serem bem desenvolvidos, o jogo de gato e rato, e de junta família, separa família, talvez tenha se estendido um pouco. O final por sua vez deixa um baita gancho pra uma continuação, e muito potencial a ser desenvolvido, uma vez que a série achou o tom perfeito entre o esquisito, a comédia e o drama.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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