PUBLICADO EM 06/06/2023

Transformers: O Despertar das Feras

 

Transformers: O Despertar das Feras

Transformers: O Despertar das Feras, novo filme da franquia baseado nos brinquedos da Hasbro muito populares nos anos 80, chega aos cinemas tentando revigorar uma fórmula cansada que vem tentando se manter relevante apelando justamente pra nostalgia. Foi assim pelo menos com Bumblebee (2018), que situava a trama nos anos 80 focando apenas no robô mais legal de todos junto de uma protagonista carismática.

A trama se passa em 1994, onde conhecemos Noah Diaz (Anthony Ramos), que está fazendo o seu melhor para ajudar sua família, mas sem muito sucesso. As circunstâncias levam ele a conhecer acidentalmente Mirage (Pete Davidson), Autobot aliado de Optimus Prime (Peter Cullen) e Bumblebee, que acabam precisando de sua ajuda para reaver um artefato perigoso descoberto por Elena (Dominique Fishback) no museu onde trabalha. Assim eles acabam se unindo na guerra entre os Maximals e Terrorcons, para evitar que nosso planeta seja destruído e ainda tentar levar os Autobots para seu planeta natal.

O filme consegue repetir todos os erros dos cinco primeiros filmes dirigidos por Michael Bay, com o agravante de que com Steven Caple Jr. na direção, pelo menos teríamos a esperança de algo poderia sair melhor, ou pelo menos diferente. Caple Jr. usa menos câmera lenta, é verdade, mas nada de especial é entregue. Somos colocados novamente no meio de uma destruição entre robôs que as vezes se torna ininteligível, num terceiro ato interminável.

O roteiro, que pasmem é creditado para 5 pessoas diferentes, é mais do mesmo pra quem assistiu a qualquer filme dos Transformers. Eles tentam dar uma profundidade no estabelecimento de Ramos como um novo protagonista, mas todo o seu arco é clichê e batido. Ele também não chega a ser particularmente corajoso, engraçado ou desajustado que seja, nenhum atributo seu acaba se destacando. E tudo dito aqui vale também para personagem de Fishback, mas aparentemente no caso dela os roteiristas nem tentaram tanto assim.

O visual dos Maximals são interessantes, principalmente depois de ver tantos robôs/carros genéricos, mas no final eles acabam sendo apenas Autobots numa skin diferente. O pobre do rinoceronte quase nem aparece coitado, está ali apenas para fazer volume no ato final.

A ambientação nos anos 90 pouco agrega para além da trilha sonora, e quando o filme vai para o Peru também não causa muita diferença a não ser levar a destruição sendo levada para a América do Sul. Há um ótimo elenco de voz como Michelle Yeoh, Ron Perlman e Peter Dinklage, mas que acaba sendo subaproveitado. O grande destaque vai mesmo para Davidson como Mirage, mas que em determinado momento acaba se repetindo por conta de um roteiro preguiçoso.

Após um início jogando no seguro mas eficiente, o filme descamba da metade pro final, esquecendo completamente do desenvolvimento de personagens em prol de muita pancaria de robôs desgastante, algo trágico para uma franquia que precisava de uma revigoração criativa, mas que acaba caindo na mesmice.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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