PUBLICADO EM 24/04/2022

Uncharted – Fora do Mapa

 

Uncharted – Fora do Mapa

Uma das franquias recentes de maior sucesso dos games ganhou finalmente sua versão live-action, e sendo está a primeira iniciativa da Playstation Productions no cinema, era de se esperar algo grandioso e impactante.

Na trama, o jovem e astuto Nathan Drake (Tom Holland) é recrutado pelo experiente caçador de tesouros Victor “Sully” Sullivan (Mark Wahlberg) para recuperar uma fortuna acumulada pelo navegador Fernão de Magalhães perdida há 500 anos pela Casa de Moncada. Para tanto, eles terão que desvendar segredos, fugir de armadilhas e encarar o magnata herdeiro da família Moncada (Antonio Banderas), que reivindica o ouro para si por direito de nascença.

Só de ler a sinopse e assistir aos trailers, é possível imaginar os clichês que este tipo de aventura no estilo Indiana Jones e Tomb Raider vai nos proporcionar, e não há muito pra onde fugir, já que os jogos se inspirara e atualizaram esse estilo. O problema aqui é que falta algo de realmente empolgante que dê uma cara única para Uncharted.

Tom Holland mostra mais uma vez o quanto é talentoso, entregando muito carisma com um texto não muito inspirado e cenas de ação competentes, apesar de nenhuma ser realmente memorável, algo preocupante em um filme de aventura/ação. Quanto ao resto do elenco resta apenas lamentar.

Wahlberg está totalmente no automático, assim como Banderas, que além de tudo é um vilão caricato e sem o mínimo de profundidade. Sophia Ali como Chloe tinha potencial para ser um terceiro elemento interessante, mas pouco consegue acrescentar e Tati Gabrielle sofre com os direcionamentos dados para sua personagem, que no final das contas é apenas uma capanga de luxo.

O diretor Ruben Fischer consegue dar algumas piscadelas para os fãs dos jogos nas cenas de ação, colocando elementos e movimentos típicos da franquia, sem esquecer que está fazendo cinema. A edição as vezes é meio estranha, com cortes abruptos que tiram a fluidez das cenas e a trilha sonora não poderia ser mais genérica.

Mas o que realmente depõem contra Uncharted é o roteiro pouco inspirado em seus diálogos, piadas e várias facilitações na trama. O fato deste Nathan Drake ser mais jovem e ainda estra em formação deve fazer vários fãs dos jogos torcerem o nariz, mas esse é de longe o menor dos problemas do filme.

Poderia ser dito que o final deixa pontas soltas para uma continuação, mas a verdade é que este filme escancara uma porta para uma nova franquia da Sony, e por mais que peque em vários aspectos, existe sim um ótimo potencial aqui, mas que para uma eventual continuação precisa ser melhor lapidado, pois até o carisma de Tom Holland tem limite.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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