PUBLICADO EM 08/03/2024

Imaginário – Brinquedo Diabólico

 

Imaginário – Brinquedo Diabólico

Apostando num revival de brinquedos assassinos, na onda de filmes como M3GAN e Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim, a Blumhouse aposta agora suas fichas em Imaginário – Brinquedo Diabólico, mas esse sem dúvidas é de longe o pior de todos.

Jessica (DeWanda Wise) retorna para a casa de sua infância com sua família. Logo, sua enteada mais jovem, Alice (Pyper Braun), começa a ficar apegada a um ursinho de pelúcia, chamado Chauncey, que ela encontra no porão. Apesar da interação parecer divertida, a situação não demora muito para se tornar sinistra. Enquanto o comportamento da Alice se torna cada vez mais preocupante, Jessica percebe que o ursinho é muito mais do que um brinquedo inocente.

Tudo em Imaginário é genérico ao extremo, a mudança pra casa antiga que guarda um segredo macabro, lembranças da infância sufocadas por um trauma, a tentativa de conexão entre  madrasta e enteada, até o amigo imaginário que poderia render algumas boas cenas de sustos é representado em grande parte do tempo por um urso velho genérico, nem assustador ou esquisito ele é como uma Annabelle da vida.

Mesmo que a questão não seja de fato o brinquedo em si mas o amigo imaginário, ele é muito mal explorado. A voz dele é feita pela própria criança, apenas mudando um pouco a entonação normal de criança irritante pra criança encapetada, que inclusive lembrando muito o menino do Kazoo. Inclusive parando pra pensar um filme sobre uma Kazoo amaldiçoada seria muito mais interessante ou potencialmente engraçado.

E digo potencialmente engraçado, pois em vários casos filmes ruins dão a volta e ficam engraçados de tão ruins, mas nem isso acontece, Imaginário é apenas chato. A personagem principal e seu bloqueio criativo é chato, a criança é chata, a adolescente é chata, o marido dela é um inútil que não serve para nada, assim como a vizinha velha fofoqueira que é uma chata. Até o amigo imaginário é chato, não dá nem pra torcer pro espírito maligno porque esse é outro que não faz nada, até pra dar sustos ele é incompetente.

No final quando atravessam a porta a vão parar no mundo imaginário, que é totalmente sem graça, parece até que tentam fazer uma referência a Coraline e o Mundo Secreto, mas sem um pingo de charme. E o ursinho genérico vira alguém vestindo uma fantasia meio brega de urso gigante, a única coisa boa é que pelo menos não usaram CGI, pois ai seria uma desgraça completa.

Ainda dá tempo de tentar fazer um micro plot twist estilo miojo, que fica pronto em 3 minutos, mas é tudo muito bobo e sem cabimento. Enfim, em se tratando de coisas imaginárias o melhor é ficar em casa e imaginar o filme na sua cabeça, que provavelmente será melhor que isso.

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SOBRE O AUTOR

Vinicius Lunas

Um rapaz simples de gosto requintado (ou não). Curto de tudo um pouco (cinema, tv, games, hq, música), bom em particularmente nada. Formado em Letras pela Universidade de São Paulo, mas desde os 14 anos formando um bom gosto musical.

 

 


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